Antigamente visto mais como provedor, o papel do pai, vem mudando de tempos em tempos. Cada vez mais presente na vida dos filhos, participando e dividindo as funções que antes eram atribuídas apenas às mães.
Segundo a psicóloga do trabalho e coach Renata Mantovani, a figura paterna mudou muito nos últimos anos. Hoje o pai está mais cuidadoso, afetivo, ajuda com organização interna da casa, imposição de regras e diálogos.
“Há vários aspectos que fizeram ter essa mudança. Antes os pais não se preocupavam de estar perto, só de pagar contas e trazer o alimento. Depois, vieram outras gerações que achavam que precisavam dar aos filhos tudo que não ganharam dos pais como brinquedos, melhores escolas, viagens. Agora, veio essa geração, que entende que os filhos precisam ser acompanhados, que os pais precisam estar presentes, dividindo até mesmo as tarefas de casa com a esposa”, explica.
Renata ainda cita que hoje vem sendo discutido muito sobre a figura paterna ainda representar segurança. “Hoje a figura paterna ainda continua a representar a segurança e dar as crianças a autonomia e liberdade, mas de uma forma bem diferente através do vínculo emocional, com atenção, carinho, companheirismo sem perder o limite e as posições desta relação. Não é fácil”, conta.
O promotor de vendas, Leandro Boer, diz que não consegue ficar longe de seus filhos e acredita que nos dias de hoje, os pais estão mais próximos. “Esse conceito de que o pai provia os mantimentos da casa e a mãe cuidava da educação dos filhos não existe mais. Até porque, geralmente, as mães trabalham também e os pais precisam ajudar”, diz.
Leandro ainda ressalta que mesmo com a carga horária pesada, ele procura sempre estar mais próximo dos filhos.
O empresário Cristiano da Costa, diz que esse tabu de pai não ajudar acabou. Ele diz que a maioria do tempo, passa com as filhas, que o emprego só ajuda e é compensatório para ele. “Hoje está bem mais equilibrado que antigamente, as coisas mudaram, é tudo muito corrido, homens trabalhando, mulheres trabalhando, dividindo as contas, então os pais acabam ajudando, e muito. No meu trabalho mesmo, não atrapalha, jamais, na parte da criação das minhas filhas é bem compensador. É poder sair e se divertir com as minhas meninas, é um bom tempo de lazer”, diz.