Gal Costa

Foto Divulgação

Gal Costa, uma das maiores vozes da música popular brasileira, morreu na manhã de quarta-feira (9), aos 77 anos. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da artista e a causa da morte ainda é desconhecida. Gal foi uma revolução da voz e dos costumes na música brasileira desde seu surgimento na cena nacional, nessa mesma década. Nascida Maria da Graça Costa Penna Burgos em Salvador, capital da Bahia, Gal Costa sempre foi incentivada pela mãe a seguir carreira na música. Já o pai, morto em sua adolescência, foi uma figura ausente.

Aproximou-se ainda adolescente dos também baianos Maria Bethânia e Gilberto Gil, além de Caetano, com quem integraria o grupo conhecido como Doces Bárbaros, responsável mais tarde por um disco definidor da contracultura da década de 1970. Tinha ainda pouco mais de 20 anos quando participou do álbum “Tropicália ou Panis et Circencis”, pedra fundamental do movimento tropicalista. Logo depois, em 1971, foi responsável por um dos shows de maior repercussão da história da MPB, “Gal a Todo Vapor”, dirigido por Waly Salomão, que viraria também um álbum cultuado.

A partir dali, sua voz foi se tornando cada vez mais popular por canções como “Modinha para Gabriela”, sucesso estrondoso de Dorival Caymmi que abria a novela da Globo inspirada em Jorge Amado, e por hits reunidos no álbum “Água Viva”, de 1978, como “Folhetim”, de Chico Buarque, e “Paula e Bebeto”, de Milton Nascimento e Caetano. Foi nesta fase que a cantora se incorporou mais ao mainstream das grandes redes e rádios, começando a se descolar da imagem de ícone da subversão tropicalista.

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