Há mais de 30 anos, Ingazinho divertia e conscientizava leitores

Em comemoração ao Dia do Quadrinho Nacional, a reportagem relembra o gibi “Ingazinho e A Turma da Mônica”, lançado e distribuído na rede de ensino em 1991. Trata-se de uma aventura que se passa em solo maringaense envolvendo a famosa criação de Mauricio de Sousa

Foto 02 GIBI

Ingazinho e Turma da Mônica passeiam por Maringá na narrativa (Crédito: Reprodução)

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Mônica, Cebolinha, Magali e Cascão já passearam por Maringá. Isso mesmo. Esses famosos personagens criados por Mauricio de Sousa visitaram a Cidade Canção nos anos de 1990, a convite do Ingazinho, um menino inteligente e preocupado com a preservação do patrimônio público.

A aventura ocorreu na revistinha “Ingazinho e A Turma da Mônica”, com a história “Maringá: A Cidade do Futuro”, lançada em setembro de 1991 e distribuída para a rede de ensino. Em alusão ao Dia do Quadrinho Nacional, comemorado nesta segunda-feira, 30, O Maringá relembra essa HQ que se passa em solo maringaense.

Segundo o Guia dos Quadrinhos, a publicação de 1991 tinha 20 páginas, formato 13,5 x 19 cm, colorida e lombada com grampos, do Instituto Cultural Mauricio de Sousa. Aliás, os estúdios desse conhecido quadrinista é que criaram o Ingazinho, personagem que logo depois se tornaria símbolo gráfico de Maringá por meio da Lei Municipal n.º 2.921/91.

“Sob sugestão do então prefeito Ricardo Barros, os estúdios de Maurício de Souza foram contratados para conceber um mascote para a cidade. Assim nasceu o Ingazinho que, por meio de uma primeira campanha estratégica, tratou de debater o tema da preservação dos equipamentos públicos maringaenses”, explica o projeto Maringá Histórica, referindo-se à Gestão Ricardo Barros (1989-1993), que hoje é deputado federal e secretário estadual.

Para quem não se lembra ou não conhece, o Ingazinho é um menino de 7 anos de idade, tranquilo e divertido. Mas, no gibi, o pequeno maringaense está preocupado com cenas de vandalismos na sua cidade; por isso, seu objetivo é alertar as crianças sobre a importância de vigiar o patrimônio público.
Assim, Ingazinho convoca Mônica e seus amigos para cuidarem da Cidade Canção. Reunidos, todos vão de bicicleta para Maringá onde se passa a HQ de 1991.

Personagem se tornou símbolo gráfico de Maringá por meio de lei (Crédito: Reprodução)

NARRATIVA
A narrativa do gibi apresenta locais conhecidos do maringaense, como é o caso do Parque do Ingá, creches, escolas, universidade. Ingazinho quer uma campanha em defesa da cidade, dando conselhos de como zelar o bem público.

Após coordenarem o conserto de equipamentos públicos, Mônica, Cebolinha, Magali, Cascão e o pequeno protagonista terminam a HQ na praça da Catedral, em splash page.

Mas antes de toda essa historinha, o gibi abre com um breve histórico sobre Maringá, feito em formato de quadrinhos, destacando a fundação em 1947, a localização privilegiada e o fato de ser a cidade mais arborizada do Brasil naquela época.

No geral, trata-se de uma HQ didática, que busca conscientizar os jovens leitores sobre a importância de zelar pela cidade. “Nesta primeira historinha, o Ingazinho irá nos ensinar a conservar as coisas públicas, afinal, o que é público não é dos outros, mas sim, de cada um de nós”, escreveu Barros na contracapa da publicação.

Revistinha foi lançada e distribuída em 1991 para a rede de ensino (Crédito: Reprodução)

ANIMAÇÃO
Segundo um vídeo do Maringá Histórica, o personagem criado nos anos de 1990 também ganhou desenho animado, disponível neste link: https://youtu.be/zS91NX_lFhA

Na verdade, é uma versão audiovisual da mesma história do gibi.

História termina com a Turminha e Ingazinho na praça da Catedral (Crédito: Reprodução)

DATA

Comemorado anualmente em 30 de janeiro, o Dia do Quadrinho Nacional foi criado em 1984 pela Associação dos Quadrinistas e Caricaturistas do Estado de São Paulo (AQC-ESP). A escolha da data se deu porque, em 30 de janeiro de 1869, Ângelo Agostini publicou na revista Vida Fluminense (1868-1875) aquela que é considerada como a primeira história em quadrinhos no Brasil: “As aventuras de Nhô Quim ou Impressões de uma viagem à Corte”.

A entidade paulista também organiza o Prêmio Ângelo Agostini, para prestigiar os profissionais brasileiros da Nona Arte. No Brasil, o termo “gibi” é utilizado para se referir às HQs produzidas em solo nacional, assim como “fumetti” na Itália ou “mangá” no Japão.

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