Marina Perez Simão utiliza a arte para esquecer a pandemia

"Já que eu não estou podendo ver o mar, eu vou pintar 500 mares"

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Marina Perez Simão

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A artista plástica Marina Perez Simão, de 40 anos, abre sua primeira exposição individual em Nova York, na galeria Pace, uma das mais influentes do mundo. As obras, inspiradas em paisagens do Brasil, invertem elementos de um horizonte real. Nelas, as cores vibrantes embaralham a noite e o dia, sendo que o está retratado no topo da tela pode ser tanto o céu como a terra. Segundo a artista, as telas foram feitas dentro de um apartamento escuro e com luz baixa. Perez, que já estava confinada em casa desde outubro de 2019, quando fazia uma outra série de trabalhos, disse que a produção virou seu foco central durante a pandemia – já que era o que dava a ela algum chão nesse período de incertezas.

Mariana conta ainda que queria uma forma de não se sentir isolada na pandemia: “Queria como uma compensação de estar fechada nesse ambiente. Já que eu não estou podendo ver o mar, eu vou pintar 500 mares. Já que eu não consigo ver o horizonte, vou pintar horizontes”.

Esperando para ir aos Estados Unidos enquanto o Brasil enfrenta seu pior período de pandemia, ela defende que o cenário artístico brasileiro é corajoso e que as galerias estão achando maneiras de expor o que os artistas continuam produzindo: “A gente tenta compensar tal como compensamos o olho. Quando estamos vendo muita cor, se olha para o branco e se vê a complementar. Isso acontece agora. Meus amigos artistas todos estão em busca de uma saída, de novas realidades e de possíveis futuros.”

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