Franco Zeffirelli e o Cinema

Franco Zeffirelli foi um brilhante diretor e roteirista de cinema e se destacou na política.

Franco Zeffirelli e o Cinema

Gianfranco Corsi Zeffirelli, mais conhecido como Franco Zeffirelli, foi um cineasta italiano. Também foi cenógrafo e diretor de teatro. Montou óperas líricas de sucesso nos anos cinquenta e alcançou projeção mundial como diretor do filme Romeu e Julieta (1968).

Foi também um político, tendo sido eleito senador (1994 a 1996 e 1996 a 2001) por Catânia, filiado ao partido Força Itália.

Morreu em 15 de junho de 2019 aos 96 anos de idade em Roma, de causas não divulgadas.

Curiosidades

Filho ilegítimo, Franco Zeffirelli era homossexual. Revelou no livro Autobiografia lançado em 2006, que se relacionou afetivamente com o cineasta Luchino Visconti e foi apaixonado pela cantora lírica Maria Callas.

Pesquisadores italianos descobriram que Zeffirelli era um entre um punhado de pessoas vivas que eram consangüíneas de Leonardo da Vinci. Ele era descendente de um dos irmãos de da Vinci.

Filmografia – Diretor

1957 – Camping
1966 – Per Firenze
1966 – The Taming of the Shrew
1968 – Romeo e Giulietta
1972 – Brother Sun, Sister Moon
1977 – Gesù di Nazareth
1979 – The Champ (1979)
1981 – Endless Love
1982 – La Traviata
1982 – Pagliacci
1982 – Cavalleria rusticana
1986 – Otello
1988 – Il Giovane Toscanini
1989 – 12 registi per 12 città – episódio Firenze
1990 – Amleto
1992 – Don Carlo – filme para TV
1993 – Storia di una capinera
1996 – Jane Eyre
1999 – Tea with Mussolini
2002 – Callas Forever

Prémios e nomeações

Recebeu uma nomeação ao Óscar de melhor realizador, por Romeu e Julieta (1968).
Recebeu uma nomeação ao Óscar de melhor direção de arte, por La Traviata (1982).
Recebeu uma nomeação ao Globo de Ouro de melhor realizador, por Romeu e Julieta (1968).
Recebeu uma nomeação à Framboesa de Ouro de pior realizador, por Endless Love (1981).

Honrarias

Ordem de Mérito de 2ª Classe – Grande oficial: — Roma, 23 de abril de 1977.
Medalha aos beneméritos da Cultura e da Arte: — Roma, 2013.
Cavaleiro Comandante da Ordem do Império Britânico, por inciativa de Isabel II, Londres, 24 de novembro de 2004.

De todas as obras de Franco Zeffireli no cinema a que vou destacar e pude acompanhar o seu lançamento é “Chá com Mussolini”. Este filme foi lançado a mais de duas décadas mas ainda é uma grande escola do cinema italiano para os pesquisadores da área.

Chá com Mussolini (em inglêsTea with Mussolini; em italianoUn tè con Mussolini) é um filme anglo-italiano de 1999 do gênero “drama” dirigido por Franco Zeffirelli. A história do filme é uma semibiografia do diretor, contando lembranças da história vivida no período de 1935-1944 e as turbulências políticas em Florença na Itália durante os anos do fascismo e da Segunda Guerra Mundial.

Elenco

Sinopse

Em 1935, mulheres estrangeiras vivem em Florença na Itália. O grupo britânico chama a si mesmo de “The Scorpioni” e encontram-se todas as tardes para o chá. Quando uma delas, a secretária Mary, é obrigada a adotar Luca, o filho bastardo do seu patrão italiano que ficara órfão de mãe e foge constantemente do orfanato de onde foi internado, as outras resolvem ajudá-la. Elas dão ao garoto lições de literatura inglesa e arte e a rica americana Elsa Morganthal deposita dinheiro em uma conta para pagar seus estudos. Com o início das hostilidades políticas contra os ingleses que vivem na Itália, o pai de Luca resolve mandá-lo para estudar na Áustria. Em 1940, Luca retorna e encontra as mulheres inglesas vivendo confinadas em um semi-presídio na cidade próxima de San Gimignano. Ele as ajuda servindo de mensageiro de Elsa que auxilia as mulheres sem que elas saibam. Mas quando os Estados Unidos entram na Guerra, Elsa é presa e fica junto com as outras mulheres e se descobre que ela é judia e corre perigo de vida.

Produção

Lady Hester Random é baseada numa habitante verdadeira de Florença que o diretor Zeffirelli conheceu em sua infância. Zeffirelli a menciona e a outras duas senhoras participantes das the Scorpioni em sua autobiografia.

A Itália é um grande berço de produção intelectual e artística. Segundo atuais pesquisas o Brasil, a cada três habitantes um é de origem italiana. Fonte: IBGE

Essa postagem é uma homenagem aos imigrantes e sua relevante contribuição ao teatro, à televisão e ao cinema que esse expressivo e talentoso povo nos traz.

Obrigado pela leitura!

Colaboração: Anna Janssen

Atenciosamente,

Vital Ben Waisermman

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