Paulo José estreou na TV Globo em 1969, começando uma série de trabalhos marcantes por mais de quatro décadas.
A primeira novela foi ‘Véu de Noiva’, de Janete Clair, em 1969. Seu primeiro personagem marcante foi o mecânico-inventor Shazan, que formava uma dupla cômica com Xerife, de Flávio Migliaccio, em ‘O Primeiro Amor’ (1972), de Walther Negrão.
A dobradinha fez tanto sucesso que gerou o seriado ‘Shazan, Xerife e Cia.’, escrito, dirigido e interpretado por Paulo e Flávio, entre 1972 e 1974. Outros personagens inesquecíveis foram o comerciante cigano Jairom em ‘Explode Coração’ (1995), de Gloria Perez, e o alcóolatra Orestes de ‘Por Amor’ (1997), de Manoel Carlos.
Atuou em mais de 20 novelas e minisséries, entre elas, ‘Roda de Fogo’ (1986), de Lauro César Muniz; ‘Vida, Nova’ (1988), de Benedito Ruy Barbosa; ‘Tieta’ (1989), de Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares; ‘Araponga’ (1990), de Dias Gomes, Ferreira Gullar e Lauro César Muniz; ‘Vamp’ (1991), de Antonio Calmon; ‘O Mapa da Minha’ (1993), de Cassiano Gabus Mendes; ‘Agora é Que São Elas’ (2003), de Ricardo Linhares, escrita a partir de uma ideia original do próprio Paulo José; ‘Senhora do Destino’ (2004), de Aguinaldo Silva; ‘Um Só Coração’ (2004) e ‘JK’ (2006), minisséries de Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira; ‘Caminho das Índias’ (2009), de Gloria Perez; e ‘Morde & Assopra’ (2011), de Walcyr Carrasco.
Como diretor, participou de alguns episódios de ‘Casos Especiais’ na década de 1980, e das minisséries ‘Agosto’ (1993), adaptação de Jorge Furtado e Giba Assis Brasil do romance de Rubem Fonseca; ‘Memorial de Maria Moura’ (1994), adaptação de Jorge Furtado e Carlos Gerbase da obra de Rachel de Queiroz; e ‘Incidente em Antares’ (1994), adaptação de Nelson Nadotti e Charles Peixoto do livro homônimo de Erico Veríssimo.
Ele também fez parte da equipe que implementou o programa ‘Você Decide’.
Mesmo com a carreira consolidada na TV, Paulo José nunca abandonou o teatro e o cinema.
Sua estreia atuando no palco foi em 1961, na peça “Testamento de um cangaceiro”. Já no cinema, ele estreou em 1965, no filme “O padre e a moça”, de Joaquim Pedro de Andrade.
Na mesma década, ele atuou ainda em diversos filmes importantes para o Cinema Novo, como “Macunaíma”, de Joaquim Pedro de Andrade, e “Todas as mulheres do mundo”, de Domingos Oliveira.
Mesmo depois de atingir sucesso também na TV, o ator continuou com a carreira no cinema. Em 2007, esteve em “Saneamento Básico, O Filme” com Wagner Moura e Fernanda Torres. Um de seus últimos trabalhos foi “O palhaço”, de 2011, no qual foi dirigido por e contracenou com Selton Mello.
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Colaboração: Anna Janssen
Atenciosamente, Vital Ben Waisermman