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5 Desafios ao Usar Sistemas de TI Baseados em Inteligência Artificial

Por Erick Matias
21 de maio de 2025

A incorporação da Inteligência Artificial (IA) nos sistemas de Tecnologia da Informação (TI) tem transformado profundamente a maneira como as organizações operam, tomam decisões e competem no mercado. As promessas são vastas: automação de processos, personalização em escala, previsões precisas, redução de erros humanos e aumento significativo da produtividade. No entanto, apesar dos benefícios evidentes, a adoção da IA traz consigo uma série de desafios que exigem atenção, planejamento estratégico e adaptações tanto tecnológicas quanto culturais.

Em um mundo onde a transformação digital deixou de ser uma escolha para se tornar uma necessidade, os sistemas de TI baseados em IA tornaram-se protagonistas nas estratégias de inovação. Eles não apenas otimizam operações, mas também abrem portas para modelos de negócio disruptivos e insights que seriam inalcançáveis por métodos tradicionais. Ainda assim, integrar essas soluções no ambiente corporativo é uma tarefa complexa, que envolve mais do que apenas investimentos financeiros. É preciso superar obstáculos técnicos, organizacionais, éticos e regulatórios.

O primeiro grande desafio enfrentado pelas empresas é a qualidade e disponibilidade dos dados. Os sistemas de IA são, essencialmente, alimentados por dados. Seu desempenho depende diretamente da integridade, relevância e volume dessas informações. Em muitos casos, as organizações não possuem dados suficientes ou eles estão armazenados de forma desorganizada, desestruturada e dispersa em diferentes plataformas. Isso compromete a eficácia dos modelos de IA, que podem gerar resultados imprecisos ou enviesados quando treinados com informações inadequadas.

Outro problema relacionado aos dados é a governança. Garantir que os dados sejam usados de maneira ética, segura e em conformidade com legislações como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) ou o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR) da União Europeia é um desafio constante. Sistemas de IA podem inadvertidamente coletar ou processar dados sensíveis, o que impõe às empresas a obrigação de criar mecanismos de controle rígidos e transparentes sobre como essas informações são utilizadas.

O segundo desafio importante é a complexidade técnica da implementação. Integrar IA aos sistemas existentes requer uma arquitetura tecnológica robusta, conhecimento especializado e, frequentemente, mudanças significativas na infraestrutura de TI. Nem todas as empresas possuem equipes preparadas para lidar com as especificidades da inteligência artificial, como machine learning, processamento de linguagem natural ou redes neurais profundas. A escassez de profissionais qualificados no mercado só agrava essa dificuldade.

Além disso, muitas organizações enfrentam dificuldades para dimensionar e manter essas soluções. Desenvolver um protótipo de IA pode ser relativamente simples em ambientes de teste, mas escalar essa solução para ambientes de produção, onde o sistema precisa operar com segurança, estabilidade e confiabilidade, exige habilidades e recursos adicionais. A manutenção contínua dos algoritmos, a atualização dos dados e a monitoração de performance demandam investimentos constantes.

O terceiro desafio está ligado à explicabilidade e transparência dos modelos de IA. Muitos algoritmos utilizados atualmente, especialmente os modelos de deep learning, funcionam como “caixas-pretas”: produzem resultados altamente eficazes, mas sem oferecer uma explicação clara sobre como chegaram a essas conclusões. Em setores como finanças, saúde ou jurídico, onde a responsabilidade e a prestação de contas são cruciais, essa falta de transparência representa um risco significativo. Decisões automatizadas precisam ser compreendidas e justificadas, tanto internamente quanto perante clientes, auditores e órgãos reguladores.

Esse ponto está intimamente ligado à questão da confiança. Para que a IA seja amplamente aceita, os usuários precisam confiar em seus resultados. Quando um sistema toma decisões que afetam diretamente pessoas — como aprovar um crédito, diagnosticar uma doença ou classificar candidatos a uma vaga — é fundamental que essas decisões sejam auditáveis, explicáveis e justas. Caso contrário, a empresa corre o risco de gerar insatisfação, danos reputacionais e até litígios legais.

O quarto desafio diz respeito à ética e aos vieses algorítmicos. Mesmo que os dados utilizados sejam aparentemente neutros, eles podem refletir padrões históricos de discriminação, exclusão ou preconceito. Um modelo de IA treinado com esses dados poderá reproduzir e até amplificar essas distorções. Existem casos já documentados de sistemas que discriminam candidatos com base em gênero ou raça, ou que oferecem condições desiguais a diferentes grupos de consumidores. Identificar, mitigar e corrigir esses vieses exige rigor metodológico e comprometimento ético por parte das empresas.

A falta de regulamentação específica para a IA também representa um desafio. Em muitas jurisdições, ainda não há normas claras que definam os limites e as responsabilidades associadas ao uso de inteligência artificial. Isso cria um ambiente de incerteza jurídica, onde as empresas precisam tomar decisões sem saber exatamente quais serão as implicações legais futuras. Por outro lado, a criação de regulações excessivamente restritivas também pode sufocar a inovação. Encontrar um equilíbrio entre segurança jurídica e liberdade para inovar é uma tarefa ainda em construção.

O quinto desafio está relacionado à cultura organizacional e à resistência à mudança. A adoção da IA implica uma transformação profunda na forma como o trabalho é executado. Algumas funções são automatizadas, outras passam a depender de novas habilidades, e surgem papéis que antes não existiam. Essa reconfiguração pode gerar medo, insegurança e resistência entre os colaboradores. É fundamental que as empresas invistam em programas de capacitação, comunicação transparente e envolvimento das equipes para garantir uma transição suave e colaborativa.

Muitas vezes, a resistência vem da liderança, que pode ver a IA como um modismo ou um investimento de risco. Sem o patrocínio da alta gestão, os projetos de inteligência artificial tendem a ficar restritos a experimentos isolados, sem alcançar impacto real na estratégia da empresa. É necessário que os executivos compreendam o potencial transformador da tecnologia e se envolvam ativamente em sua implementação.

Outro aspecto cultural importante é a dependência excessiva da tecnologia. Com a automação de decisões, corre-se o risco de negligenciar a supervisão humana e delegar completamente o controle a sistemas algorítmicos. Isso pode ser perigoso, especialmente em situações de exceção ou emergência, onde o julgamento humano ainda é insubstituível. A IA deve ser vista como um apoio à tomada de decisão, e não como substituta do pensamento crítico.

Ainda no campo humano, um desafio relevante é o de garantir a inclusão digital e a equidade de acesso. Em muitos contextos, a transformação digital promovida pela IA pode acentuar desigualdades existentes, excluindo profissionais, regiões ou empresas que não possuem os recursos para acompanhar essa evolução. A responsabilidade social das organizações passa, então, por criar ambientes inclusivos, promover a qualificação de seus colaboradores e colaborar para o desenvolvimento tecnológico mais amplo da sociedade.

A segurança cibernética também entra como desafio transversal. Sistemas de IA podem ser alvos de ataques sofisticados, como a manipulação de dados de entrada para enganar modelos (os chamados ataques adversariais), ou a exploração de vulnerabilidades em sistemas automatizados. Garantir a integridade, a confidencialidade e a disponibilidade das soluções baseadas em IA é essencial para proteger os dados, as operações e os clientes.

Outro obstáculo a ser superado está na mensuração de resultados. Diferentemente de tecnologias mais tradicionais, os benefícios da IA nem sempre são imediatos ou fáceis de mensurar. Muitas vezes, os ganhos são qualitativos — como melhoria na experiência do cliente ou aumento da capacidade analítica da empresa — e exigem indicadores específicos para serem avaliados corretamente. Sem métricas bem definidas, torna-se difícil justificar os investimentos e avaliar o retorno obtido.

Em paralelo, existe o desafio de garantir a sustentabilidade da IA ao longo do tempo. Isso significa manter os sistemas atualizados, adaptá-los a mudanças nos dados, aprimorar os modelos com novos aprendizados e garantir que a tecnologia continue alinhada aos objetivos estratégicos da empresa. A manutenção de sistemas de IA é um processo contínuo, que exige recursos humanos, técnicos e financeiros mesmo após a implementação inicial.

Em ambientes regulados, como os setores financeiro e de saúde, o uso de IA também impõe a necessidade de auditorias técnicas constantes. Reguladores exigem que as empresas demonstrem o funcionamento, a segurança e a conformidade dos algoritmos utilizados. Isso implica desenvolver práticas de documentação, validação e revisão técnica periódica que garantam a robustez e a confiabilidade dos sistemas implementados.

Outro ponto que merece atenção é o desafio da interoperabilidade. Muitas empresas utilizam uma variedade de sistemas legados, plataformas e ferramentas que não foram originalmente projetadas para trabalhar com IA. Integrar essas tecnologias antigas com soluções baseadas em inteligência artificial pode exigir adaptações significativas ou até a substituição completa de parte da infraestrutura.

Por fim, é importante lembrar que a adoção bem-sucedida da IA nos sistemas de TI não é um ponto de chegada, mas sim uma jornada contínua. Os desafios são diversos e complexos, mas não intransponíveis. Com planejamento, investimentos consistentes e uma abordagem ética e estratégica, as organizações podem superar essas barreiras e transformar a inteligência artificial em uma aliada poderosa para a inovação, a eficiência e a criação de valor sustentável.

Neste novo cenário digital, as empresas que conseguirem vencer esses cinco principais desafios — qualidade dos dados, complexidade técnica, explicabilidade, ética e cultura organizacional — estarão mais preparadas para explorar o pleno potencial da inteligência artificial. E, mais do que apenas adotar uma nova tecnologia, estarão posicionadas para liderar em um mundo onde inteligência e inovação caminham juntas rumo ao futuro.

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