O número 2 e seus significados

número 2 espiritual

Ao número “2” corresponde-lhe a constelação de Touro, a qual governa a região da laringe criadora, esse útero maravilhoso onde se gesta a palavra, o verbo.
A sua nota musical é RÉ, a côr é o Violeta, o metal é a Prata e entre as pedras preciosas,a Esmeralda.
O plexo que lhe corresponde é o da laringe, a tiróide, o chacra do ouvido mágico, da clariaudiência.
Para se despertar esse chacra há um mantra laríngico; o “E”, o qual deve soar com a nota musical RÉ e que se deve vocalizar diariamente.
Deve-se inalar com a nota RÉ e exalar com ela vocalizando,
“EEEEEEEEEE……..”, conseguindo-se assim o desenvolvimento do chacra laríngico que nos dá o poder de ouvir as vozes do ultra; dos seres superiores.
É preciso desenvolver esse chacra da laringe porque de outro modo torna-se impossível ouvir esses sons.
A linfa e o estômago correspondem ao número “Dois” e também à Lua.
O número “Um” desdobra-se na sua parte “dual”. O nº. 2 é a primeira trimurti no seu segundo aspecto, o Cristo.
Não se deve confundir com a segunda trimurti, na qual o Pai se desdobra na Mãe e esta no Menino.
O nº. “2” da Árvore Cabalística é o Filho, o Cristo, o Instrutor do Mundo. Por isso dizia Hermes Trismegisto: “Dou-te amor, no qual está contido todo o summum da sabedoria”.
O nº. 2 tem 32 sendas e 50 portas. A sua explicação é a seguinte:
32 sendas; 3 + 2 = 5 (a Pentalfa, o Homem)
50 portas; 5 + 0 = 5 (a Pentalfa, o Homem)
Somemos os resultados: 5 + 5 = 10
No 0 estão os princípios masculino e feminino, o fundamento do amor, através do sexo.
Esta questão das 50 portas é muito interessante; num dos rituais gnósticos diz-se que existe um palácio:”o solo daquele palácio é de prata e ouro, lapizlazul e jaspe; ali respira-se uma variedade de aromas, rosas e jasmins; porém a meio de tudo sopra um hálito de morte. Deixai entrar os oficiantes ou abrir as portas uma a uma ou todas de uma vez só. Deixai-os de pé no solo do palácio. Não se afundará. Ai de ti, oh guerreiro! Oh lutador, se o teu servo se afundar. Mas há remédios e remédios”.

Concerteza que nos mundos superiores há um templo com 50 portas rodeado pelos quatro elementos: fogo, terra, ar e água e está custodiado por duas esfinges de ouro.
O estudante recebe instruções nesse templo e cada um dos seus salões correspondese na Cabala com as 50 portas e as 32 sendas, (vê as suas vidas anteriores).
Dentro de nós próprios temos as cincoenta portas. Tudo está dentro do homem.
Há muitos anos, num dia de ano novo, ao desdobrar-me tive que viver certo drama no teatro do mundo; estando a ser perseguido, cheguei ao templo das 50 portas com as suas duas esfinges de ouro que guardavam a entrada. Já estudamos o simbolismo da esfinge; o rosto, as patas de leão,etc.
Entrei no palácio, estava rodeado de água, atravessei um formoso jardim, porém havia ali um hálito de morte; entrei na primeira das 50 portas e fui recebido por um grupo de irmãos que me aplaudiam; depois saí e penetrei noutro formoso jardim que também tinha um hálito de morte; entrei logo na segunda porta e aqueles que antes me haviam felicitado estavam convertidos nuns traidores, vociferavam e caluniavam; fiquei em silêncio e atravessei o outro jardim, a terceira porta; encontrei ali outras pessoas que me felicitavam, atravessei outro salão e outras pessoas. Passei assim por essas 50 portas e seguindo as 32 sendas, quer dizer, caminhando pela «Senda Interior». Encontrei uns mestres vestidos de verdugos, (os verdugos do ego) que me disseram: “Estuda o ritual da vida e da morte, enquanto não chega o oficiante”; o oficiante era o meu Real Ser.
Com isto estou a explicar-vos sobre as 32 sendas e as 50 portas; o nº. 2, tudo corresponde ao Cristo Íntimo, o qual tem de nascer em cada um de nós. Ele é Amor.
O nº. 2 é o Amor, o Cristo sofredor, aquele que tem de viver todo o drama.
No número “2” há duas colunas: Jakim e Boaz. Aqui há associação. Temos de aprender a associar as ideias, pensamentos, com as pessoas, com as coisas, ,com os familiares; temos de saber escutar as opiniões contrárias, sem nos aborrecer, dissolver o eu da ira, cultivar a harmonia; que as associações sejam harmoniosas.
No “dois” estão as relações: a mãe com o filho; a mulher com o homem e o homem com a mulher; com as coisas; com as antíteses; com as opiniões.
Temos de aprender a manejar as ideias, os negócios, em paz , harmonia e serenidade.
Isto é o número “dois”.
Temos de aprender a manejar o “dois”.

O nº. 2 é negativo. Nos antigos tempos, nos templos haviam um Sacerdote e uma Sacerdotisa. Na Maçonaria Primitiva haviam um Mestre e uma Mestra. O Conde Cagliostro tentou fundar a Maçonaria Egípcia na Inglaterra, porém teve muitos inimigos e estabeleceu «Dois Tronos». Giovanni Papini conheceu o Conde Cagliostro num barco, fizeram-se amigos e este disse-lhe quem era; Cagliostro quis evitar a 2ª Guerra Mundial e como não lhe fizeram caso retirou-se novamente para o Tibete dizendo que regressaria 60 anos mais tarde.
A Maçonaria Egípcia foi grandiosa; nos antigos tempos, quando existiam os Hermafroditas Sagrados, o «1» e o «2» estavam fundidos entre si. Na época Polar, na altura da Primeira Raça Protoplasmática, a humanidade era andrógina, então a reprodução sexual efetuava-se em determinadas épocas do ano, dividindo-se em dois; esse dois era o filho.
Naquela época quando alguém nascia era praticado um ritual, então os seres humanos podiam alongar-se ou empequenecer-se ao tamanho de um átomo. Quando um Mestre queria expressar-se de modo suave evidenciava de si próprio o princípio feminino, quando pretendia demonstrar a sua austeridade fazia aflorar o principio masculino; assim são os Elohim.
Conta a tradição latina que Enéias se apresentou no santuário de Apolo (Eneida – livro IV) e se entrevistou com a Pitonisa, a qual profetizou o que lhe aguardava. Enéias solicitou ver o seu pai que tinha morrido; solicitava a entrada no Inferno. A terrível Sibila Guardiã dos bosques de Hécate, Prosérpina (o terceiro aspecto da Mãe Divina), dos bosques do Averno, respondeu-lhe: “fácil é a descida ao Averno, porém, retornar à Terra, eis o que é difícil, muito poucos puderam consegui-lo”.
Pediu-lhe que lhe desse um ramo cujas folhas e talos são de ouro consagrado a Prosérpina, a Mãe Divina no seu aspecto infernal. Sacrificou, Enéias, umas ovelhas negras e logo viu «duas pombas» a voar reconhecendo nelas, o Herói, as aves da sua Mãe Divina (símbolo do Espírito Santo).
Interpretou tal mensagem inteligentemente, e as aves conduziram-no ao bosque de Prosérpina onde se encontrava o ramo que lhe permitiria a entrada no Inferno. Enéias sacrificou quatro vacas negras e a Sibila conduziu-o ao Averno até onde estava o seu defunto pai.
Os princípios Masculino e Feminino conjugam-se no santo e misterioso Tetragrammaton, nome esotérico que não deve ser prenunciado em vão e que está relacionado com letras do Nome do Eterno em Hebreu:
HE-VAU-HE-IOD (o qual se lê ao contrário).
IOD – Eterno Princípio Masculino,
HE – Eterno Princípio Feminino,
VAU – Princípio Masculino Fálico; o Lingam,
HE – Princípio Feminino, o Útero; o Yoni.
IOD-HE-VAU-HE reduz-se a SSSSSSSSS. Essas quatro letras são por si mesmas um imenso poder sacerdotal. Devem pronunciar-se como o som de um ciclone e entre montanhas ou imitando o vento; quando se quer curar algum doente ou invocar qualquer Deidade deve pronunciar-se suavemente, também serve para meditar. Nessas quatro letras estão representados os dois princípios: Feminino e Masculino do o Macrocosmo e do Microcosmo: a Vara, princípio Masculino e a Taça, princípio Feminino. Nessas quatro letras está o princípio do Eterno que não se deve pronunciar em vão.

O nº. «2» é vital; nos templos de mistérios não faltam «Dois Altares». Não se pode entrar no Templo sem passar pelas duas colunas onde estão dois guardiães.
O que seria da Grande Vida se não existisse o número «2». A Matripadma recebe o Fohat, raio Masculino, o Espírito Santo, esposo da Mãe Divina, esta é fecundada e surge o Universo. O que seria da vida sem o outro Princípio; antes do amanhecer do Mahamvantara, o Dia Cósmico, nada existia; os Deuses viviam entre Aquilo que não tem Nome, nem forma, nem som, nem silêncio, nem ouvidos para captá-lo.
Quando se manifestou a vida, quando surgiu a Aurora da Criação, o Primeiro Logos chamou o Terceiro Logos e disse-lhe: ide e fecundai a vossa esposa para que brote a existência; logo começou a trabalhar com os Sete Espíritos ante o Trono e o Exército da Voz, realizaram-se os rituais maçónicos tornando fecunda a matéria caótica; a Matripadma fecundou-se e veio à existência o Universo. Cada um dos Sete Cosmocratores emanou de si as duas Almas; Budhi, a Alma Feminina e a Causal, a Alma Masculina, simbolizadas pela constelação de Peixes.
Estas duas Almas, Esposo e Esposa, praticaram um Maithuna transcendental, ela separou as águas superiores das inferiores para que fossem fecundadas pelo fogo e projectaram-nas por meio do Verbo. Os germens da Matridapma proliferaram, ela avolumou-se como uma flor de Loto e frutificou, nascendo um Cosmo.
Na electricidade está o eterno positivo e o eterno negativo. Na Índia o princípio masculino representa-se por um Touro e o princípio feminino pela vaca branca sagrada que simboliza a Mãe Divina, a qual tem a sua antítese na vaca negra.
Precisamos de cristificar-nos. Nenhum ser humano pode retornar ao”Pai” sem ter sido devorado pela Serpente. Nem pode ser devorado pela serpente sem ter trabalhado na forja acesa de Vulcano (o sexo). A chave da Cristificação é o arcano A.Z.F. O mantra do Grande Arcano é I.A.O.
I Ignis Fogo,
A Aqua Água,
O Origo Princípio-Espírito.
À Forja Acesa de Vulcano desceu Marte para retemperar a sua espada e conquistar o coração de Vênus; Hércules para limpar os estábulos de Áugias com o fogo sagrado e Perseu para cortar a cabeça de Medusa.
Recordai, amados discípulos, que a nossa Divina Mãe é «Nut» e que a sua palavra é «56».
Este número decompõe-se cabalisticamente do seguinte modo:
5 + 6 = 11; logo 1 + 1 = 2.
Um é o Pai; Dois é ela, Nut, a Divina Mãe Kundalini.
Eis aqui o que é maravilhoso no nº.2.
SÍNTESE:

*Extratos Livro Tarot e Cabala

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