Iniciamos o Mês da Bíblia, comemorando o Dia da Pátria. Como bons cidadãos, somos chamados a sermos seguidores de Jesus Cristo, o Bom Pastor. O grande projeto de salvação de Deus, revelado por Jesus Cristo exige de nós a fidelidade e o amor a Deus, que nos inspira para bons costumes. O povo escolhido, por muito tempo, peregrinava na busca da terra prometida. Deus acompanha, pede fidelidade das pessoas para serem o povo eleito. Uma nação santa e livre segue os mandamentos de Deus, que acolhe e cuida de todos os seus eleitos.
Os laços que unem os povos pertencem a Deus: “Acaso alguém teria conhecido o teu desígnio, sem que lhe desses Sabedoria e do alto lhe enviasses teu Santo Espírito?” (Sb 9,17). No livro da Sabedoria, encontramos as marcas benévolas para instruir e conduzir um povo diante das dificuldades, sem abandonar, fugir da nação e testemunhar a fidelidade cívica. Assim como confessamos a fidelidade à mãe Pátria, somos estimulados a construir os sinais do Reino de Deus entre nós, que exigem fidelidade, persistência, confiança, amor.
A Igreja é o sinal do Reino de Deus que começa neste mundo. A conversão é o atestado da fidelidade a Deus, como devemos ser fiéis no amor à Pátria em que vivemos, nos movemos e somos: “Mas, eu não quis fazer nada sem o teu parecer, para que a tua bondade não seja forçada, mas espontânea” (Fm 10,14). Entrar no coração pela via da bondade, da gratuidade e da benevolência, revelamos o amor que nos une e nos torna cidadãos do Reino dos Céus.
A prudência nos torna pessoas sensatas e revestidas da verdadeira sabedoria que nos torna um povo fiel que ama a Pátria, lugar onde experimentamos a busca constante do bem maior, a paz, a justiça, o amor. Tomemos cuidado para que os falsos pastores, falsos políticos que gritam em todos os espaços possíveis a conduta da moralidade e do amor à Pátria, mas vivem iludindo o povo com promessas falsas, usando o Santo nome de Deus em vão para enganar o povo de índole religiosa.
Na escola da verdadeira cidadania, somos chamados para um novo modo de viver e de agir, seguindo os mandamentos do Senhor. Jesus Cristo, ao chamar os discípulos, confere-lhes os poderes e as devidas orientações, prevenindo-se das falcatruas perversas e mentirosas. A fidelidade a Deus e o amor aos que mais necessitam do acolhimento e do cuidado revelam a firmeza dos líderes que têm sensibilidade humana, respeito pela dignidade e preocupação para com os necessitados. “Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo” (Lc 14,27). Com esse paralelo, o verdadeiro cidadão, ao comemorar o Dia da Pátria, não camufla o espírito patriótico, reduzindo os interesses da nação aos cuidados estratégicos de seus interesses próprios. Maculamos a Mãe Pátria quando traímos o cuidado dos cidadãos que buscam a liberdade e a dignidade em toda a nação.
Vivemos em busca da Pátria definitiva, o Reino dos Céus. Se não encontrarmos sinais dos céus aqui neste mundo, estamos construindo a ruína. Assim como Jesus ensina os seus discípulos a serem fiéis até as últimas consequências para que o Reino não seja desvirtuado, também devemos legitimar os verdadeiros líderes que garantem a fidelidade e amor à Pátria, superando todas as barreiras e ameaças que estrangulam a liberdade e a alegria de ser uma nação livre, próspera e digna de se morar como filhos prediletos de Deus.
Caminhemos neste Ano Jubilar rumo à Pátria definitiva como bons cidadãos do Reino dos Céus.
Que Deus abençoe a nossa Pátria.