A verdadeira fé nos une na verdade

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Ao celebrar a festa de São Pedro e São Paulo, o mundo cristão evidencia duas figuras como colunas do cristianismo. Ambos deram consistência a fé no Ressuscitado como apóstolos e mestres em Cristo Jesus.

Pedro sintetiza a fé da Igreja ao responder sobre Jesus: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16). Somos chamados a rever nossa fé, sobretudo em tempos de tantos conflitos mediante os paradigmas apresentados pela sociedade atual que está constantemente em mudança.

A reflexão trazida pela Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé (CEPDF), na assembleia Geral da CNBB, em abril de 2023, nos convoca a aprofundar a fé verdadeira, aquela que brota da essência do anúncio de Jesus Cristo sobre as verdades do Reino de Deus. Diz o texto: “A fé é um caminho que se faz exigindo unidade a partir do encontro com um tu que é Jesus, alguém que se acolhe e se aceita na escuta e abertura do coração, a partir de uma decisão radical por ele e seu Reino. A natureza profunda da fé é ter confiança em um Outro, que para nós é Jesus Cristo”.

Os primeiros cristãos souberam entregar corajosamente suas vidas na fé radical da entrega, do abandono, da confiança absoluta no Cristo Ressuscitado. Pedro e Paulo, apenas para citar estes dois, foram capazes de caminhar no amor por Jesus até o martírio, até o fim. Total confiança e testemunho para nos encorajar, aceitar que Jesus caminha conosco, nos inspira pelo seu Espírito Santo, a revelação do amor misericordioso do Pai.

Paulo, nos últimos instantes de sua vida, diz: “Quanto a mim, eu estou para ser derramado em sacrifício; aproxima-se o momento de minha partida. Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. Agora está reservada para mim a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que esperam com amor a sua manifestação gloriosa” (2Tm 4,6-8). Paulo expõe com lucidez e total convicção que sempre foi sustentado e acompanhado pela força do Senhor. A fé autêntica que brota do testemunho de vida é o bem mais precioso que temos, porque a verdade é elemento fundamental para a vida do ser humano. Daí deriva que a preocupação para que a fé não se corrompa e seja claramente explicitada, deva ser considerada tão ou mais necessária que a saúde corporal (CEPDF). Os grandes heróis do cristianismo agiram com tal bravura em defesa da fé que entregaram suas vidas pela causa do Evangelho.

Somos convocados para alimentar uma fé clara, segundo o Credo da Igreja. O que a Igreja crê está acima das ideologias da moda, porque a Igreja prega o amor e “quem ama, compreende que o amor é experiência da verdade” (Francisco, Lumen Fidei, 27). A Igreja é a guardiã da verdadeira fé que não se confunde com vontades pessoais ou de grupos que se julgam guardiões da fé e dos caminhos da Igreja. A missão da Igreja é anunciar o Reino de Deus e sua justiça. Seu conteúdo é imutável: a verdade, o amor, a justiça, a plenitude do bem revelado por Jesus Cristo. “O Reino é absoluto, e faz com que se torne relativo tudo o mais que não se identifica com ele” (Paulo VI, Evangelii Nuntiandi, 8).

Que a nossa fé seja alimentada pela força da Eucaristia, da vivência, dos sacramentos e da entrega incondicional à caridade, que é fonte de amor e sustentação no itinerário da vida cristã. A verdadeira fé nos une na verdade e na caridade.

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