O Dia dos Avós lembra aquelas pessoas queridas que já ultrapassaram muitos desafios, superaram conflitos, cresceram na sustentação e construíram patrimônio para viver bem. A beleza da fé, a maturidade de vida, a estabilidade econômica e o testemunho de vida serena são atributos dos avós que revelam satisfação e harmonia na vida. Jesus Cristo, atento às necessidades da multidão, é a fonte de segurança que nos estimula a viver com equilíbrio com as pessoas ao nosso redor.
Por ocasião do Dia dos Avós de Jesus, São Joaquim e Santa Ana (26/07), o Santo Padre dirige-se aos idosos para lembrar que quem está numa idade avançada tem uma importante missão: ser “artífices da revolução da ternura” e de “libertarmos o mundo da sombra da solidão e do demônio da guerra”. O Papa convida, além disso, a redescobrir essa fase como “dom de uma vida longa”.
O Santo Padre também ressalta que o dom de uma vida longa é um presente para toda a sociedade. “Bendita a casa que guarda um ancião! Bendita a família que honra os seus avós!”, disse. O Papa Francisco lembra também que o testemunho dos idosos é importante e significativo, e convida-os a serem mestres de um modo de viver pacífico e atento aos mais frágeis. Esta missão começa na sua própria família, mas não termina nela, e inclui “com os nossos netos, muitos outros assustados que ainda não conhecemos e que talvez fujam da guerra ou sofram por causa dela”, apontou. São palavras que geram compromisso e um olhar determinado para os que sofrem e passam fome de pão, de ternura, de justiça e de amor.
O Pontífice ainda convida os avós e idosos a continuarem a dar frutos e a viverem de forma particular a dimensão da oração. “O instrumento mais precioso e apropriado que temos para a nossa idade. Uma imploração confiante pode fazer muito: é capaz de acompanhar o grito de dor de quem sofre e pode contribuir para mudar os corações”, destacou.
A confiança no Senhor gera segurança de vida e fé. É muito comum os avós sustentarem a fé, ensinarem a prática religiosa aos netos, um compromisso abandonado por tantos pais pelo espírito mundano e secularista que assombra nossas famílias.
A carência do alimento é suprimida com a confiança no Senhor, a exemplo dos fatos narrados na Sagrada Escritura, quando o profeta Eliseu pede os vinte pães para distribuí-los ao povo em nome do Senhor (2Rs 4,42-44), multiplicando-os e não deixando faltar os pães que trazia consigo. No Novo Testamento, Jesus multiplica os pães (Jo 6,1-15), um prenúncio do pão eucarístico que sustenta a fé e gera vida para a felicidade eterna.
Na distribuição dos bens materiais, resultado de uma vida madura e equilibrada, convivemos com as pessoas idosas que geram confiança e serenidade diante dos obstáculos da vida. Eles já viveram as sombras ao longo da vida, demonstrando confiança e a prudência da fé que gera equilíbrio, ternura e muito amor. O apóstolo Paulo indica os instrumentos da maturidade de fé que sustentam uma família unida, ao redor dos mais velhos que vivem a firmeza da fé inabalável: “Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos, age por meio de todos e permanece em todos” (Ef 4,5-6).
Que respeitemos os mais velhos que moram conosco e que estão ao nosso redor. Com eles, crescemos na sustentação dos verdadeiros valores que nos fortalecem e nos alimentam com o Pão Vivo descido do céu.
Que o Senhor abençoe nossos avós.