Acolher e cuidar gera misericórdia, dom de Deus!

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A Sagrada Escritura relata situações de pessoas que fizeram a bela experiência do acolhimento. Ser hospedeiro, ser gratuito, serviçal, sensível com a pessoa que se aproxima. Talvez as dificuldades, distancia a mobilidade, caminhos, para as pessoas se encontrarem. Hoje nos encontramos com muita facilidade. Nem percebemos a arte do encontro que inclui acolher, servir, ser grato. A lida diária estressante, nos distancia uns dos outros e não temos mais tempo para o diálogo, para o encontro, para a arte de encotrar-se e deixar-se encontrar.

É na hospitalidade de Abraão que Deus concedeu o dom da vida. A vida nasce na condição a ela oferecida. Ser hospedeiro é oferecer água para lavar os pés, refrescar o corpo, dar comida e bebida para retomar as forças, usufruir de uma árvore frondosa que oferece a sombra para um justo descanso, são condições que o ser humano pode dinamizar enquanto o Senhor, em troca, dá a vida. Gera-se vida no exercício da sensibilidade que serve com cuidado, oferecendo o que tem de melhor. Na qualidade da oferta, a vida torna-se um dom mais precioso. “Depois de terem se alimentado com fartura e descansado, um deles disse: Voltarei, sem falta, no ano que vem, por este tempo, e Sara, tua mulher, já terá um filho” (Gn 18,9-10). Abraão e Sara, sem terra e sem filho, tinha a sensibilidade da hospitalidade. Nesse modo de ser, a descendência estava preservada, o Senhor lhe deu a graça de ter um filho.

No estresse atual, corremos o risco de automatizar a vida. Tornamos máquina, funcionais, produtores para gerar lucro, riquezas e corremos o risco de perder a sensibilidade humana, o respeito, a arte de conviver, ser hospitaleiro. Esquecemos que temos espírito que nos une, impulsiona para ações fraternas que constroem vidas dignas, regradas de liberdade e senso comum na arte de sentir-se acolhido e amado.

Dentro dos sofrimentos, na prisão, São Paulo demonstra a persistência no anúncio da Boa Nova, sua misericórdia e no trato até o extremo de acolher e cuidar dos batizados para que encontrem nessa doutrina a misericórdia divina. “Alegro-me de tudo o que já sofri por vós e procura completar na minha própria carne o que falta das tribulações de Cristo, em solidariedade com o seu corpo, isto é, a Igreja” (Cl 1,24).

O Senhor que chamou Paulo, garante as forças para superar as contrariedades existenciais e faz dele um grande servidor da messe.

Duas atitudes são importantes sem deixar uma ou menosprezar a outra, o serviço e a contemplação.

Saber meditar, contemplar, encher a alma da gratuidade, da mística que gera misericórdia, ou seja, coração bom, generoso, a bela arte de cuidar, servir. Uma atitude não pode engolir a outra. Precisamos cuidar da escuta da Palavra do Senhor e precisamos agir, servir aos que clamam por comida, saúde, liberdade e habitação.

A atitude de Marta (Lc 10,38-42), denota um exagero nas ocupações diárias, esquecendo da contemplação da Palavra do Senhor. Jesus percebe os exageros, alerta nossas precariedades com a alma e adverte sobre a importância de deixar-se conduzir pela Palavra do Senhor. Ele nos dá condições para ouvir e servir com habilidade, com ternura e com amor.

Descobrimos que a arte de acolher e cuidar, leva-nos a mergulhar na misericórdia do Senhor. Ele nos desafia a entrar cada vez mais no fundo da sensitividade, necessidade humana, descobrir lá dentro, no âmago da nossa existência, onde o divino se encontra, descobrimos que a generosidade de contemplar a Palavra do Senhor, coloca-nos em alerta, prontos para que ninguém passe necessidades corporais e espirituais.

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