Chamados à Santidade

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No isolamento social, na solidão, a humanidade pergunta-se, qual o sentido da vida? Qual a razão do nosso viver? Para onde iremos? Na angústia a pessoa procura agarrar-se as forças misteriosas que fomentam esperança, motivação para buscar a superação dos conflitos pessoais. Quem alimenta na vida uma espiritualidade positiva terá mais condições de superar as crises existenciais.

Neste domingo, a Igreja Católica Apostólica Romana, celebra todos os Santos e Santas de Deus. Quem são os santos e santas da Igreja? Quem é chamado a ser santo? Qual é a postura de uma pessoa santa? “A Igreja é indefectivelmente santa: Cristo amou-a como sua esposa e deu-se a si mesmo por ela a fim de santifica-la; por isso todos na Igreja são chamados à santidade (Lumen Gentium, 39). A afirmação do Concílio Vaticano II convoca-nos para uma vida coerente, justa, santa. Pela graça do Batismo, as portas da santidade se escancararam para todas as pessoas de boa vontade.

Na sua vida pública, inúmeras vezes, Jesus alertou seus discípulos para uma vida de entrega, aceitando o martírio como testemunho de fidelidade a Jesus. “São os que lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro” (Ap,7,14). Purificar-se constantemente, deve ser um programa de vida. A disciplina cristã é a arte do cuidado que nos leva ao encontro do Cordeiro imolado que derramou seu sangue para purificar a humanidade, redimindo-nos do pecado, convocando-nos para uma vida santa.

A Igreja prega o mistério pascal nos santos que sofreram com Cristo e com ele são glorificados; propõe aos fiéis seus exemplos, que atraem todos ao Pai por meio de Cristo, e implora por seus merecimentos os benefícios de Deus (Sacrosanctum Concilium, n. 104). São João afirma a benevolência de Deus que nos chama para a comunhão plenificada pela graça da entrega de Cristo na morte de Cruz: “Caríssimos, vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos! Se o mundo não nos conhece, é porque não conheceu o Pai” (1Jo 3,1). Jesus é o Cordeiro imolado que está de pé, Ressuscitado. Ele nos mostra que é possível seguir o caminho da santidade, ainda que exista dor, angústia e sangue. Ele segue ao nosso lado, orientando nossos passos rumo ao seu coração (Igreja em Oração, 07.11.2021).

A capacidade de agir conforme a orientação dos santos Evangelhos, coloca-nos na dinâmica da busca da santidade. Preparando-nos para o Sínodo convocado pelo Papa Francisco, seremos orientados a agir em comunhão, assim como Cristo viveu em comunhão com o Pai, e vive eternamente no Pai. Somos chamados a viver as bem-aventuranças, caminho livre para a santificação. Jesus, vendo a multidão, subiu ao monte e sentou-se. Eis a atitude do mestre, aquele que ensina, tem autoridade, portador de toda a sabedoria. Os discípulos aproximaram-se, e Jesus começou a ensiná-los (Mt 5,1-12). Na exortação apostólica Gaudete et Exultate, o Papa Francisco, com palavras simples, explica como caminhar para a santidade: “Quando sentires a tentação de te enredares na tua fragilidade, levanta os olhos para o Crucificado e dize-lhe: “Senhor, sou um miserável! Mas vós podeis realizar o milagre de me tornar um pouco melhor” (n.15). O processo da santificação constrói-se paulatinamente. Pouco a pouco podemos melhorar, fortalecendo uma vida digna, justa, santa.

Ao chegarmos no término da nossa vida, as boas obras devem produzir alegria, exultação e bom humor. A alegria estampada no rosto da pessoa revela seu bem-estar, feliz consigo mesmo e em relação ao próximo. O Senhor conclui as bem-aventuranças: “Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus” (Mt 5,12).

Eis a nossa vocação, chamados a santidade.

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