Duas faces da mesma moeda

Clique aqui e receba notícias pelo WhatsApp

Clique aqui e receba as principais notícias do dia

Apesar de apresentarem certas diferenças, de estarem em lados opostos, cara e coroa nunca deixarão a condição inevitável de pertencerem ao mesmo objeto, com a mesma condição e terem sempre o mesmo valor.

Não haveria, portanto, melhor analogia para se descrever nazismo e comunismo, pois independente das diferenças, ambos acabaram se tornando métodos, meios para um mesmo fim trágico.

Apesar de peculiaridades, o que marca ambos os lados é a posição totalitária, a aceitação e de algum modo permissão para que o estado expandisse seus poderes além dos princípios dignos ao indivíduo.

Porém, apesar da facilidade de interpretação de tais características, como a perda de direitos individuais e a permissividade popular, há uma impossibilidade em se determinar onde nessa linha temporal houve a ruptura total das liberdades, onde o povo já não pode mais transformar tolerância em negação, o momento onde não há mais povo, onde não há mais volta.

O estado estar acima do indivíduo é sempre muito preocupante, em todas as esferas de poderes. Não à toa, nossa Constituição Federal é clara quando se refere a direitos individuais. Essa preocupação é primária, talvez pelo peso histórico, holocausto, holodomor, extremos, perversos e mortais.

Mais exemplos de atrocidades não faltam em nossa história humana, mais lições esquecidas ou propositalmente não lembradas. O fato é que as liberdades, em TODAS essas “lições” morreram antes das pessoas. A supressão de direitos antecede o genocídio. O autoritarismo é, em sua essência, o preâmbulo do totalitarismo.

Quando perdemos o poder, o mesmo poder que a Constituição delega em sua totalidade ao povo, cedemos espaço para tomadas de decisões que desfavorecem o indivíduo. Essa perda, inicialmente opcional, travestida de segurança, como em toques de recolher, impedimentos de ir e vir, aglomerar, sim! Há esse dispositivo na Constituição. Ou disfarçada de comodidade como privilégios a um determinado grupo em detrimento de outro, com as mais variadas desculpas, desde falta de chance no mercado de trabalho ou, dívida histórica, parecem cada vez mais comuns, angariando seguidores, senão os premiados, os que têm até boas intenções, mas de certa forma também estão dopados por uma ilusão. Quiçá não seria esse o ópio do povo?

Essas vantagens, essa deliberação de responsabilidades e decisões camufladas de atos democráticos alimentam o monstro com nossos direitos, que são digeridos, não restando nada quando volta ao mundo exterior.

E apesar da frase “O preço da liberdade é a eterna vigilância” ser de fato verdadeira, é também utilizada estrategicamente por ambos os lados dessa moeda, uma peça adicional a fantasia extremista, que, nos permite enfim, entendermos a hipocrisia envolvida, já que historicamente a vida, nossa vida, mostrou-se ser menos justamente, por falta de liberdade.

Clique aqui e receba notícias pelo WhatsApp

Clique aqui e receba as principais notícias do dia

Sair da versão mobile