Estive com o Papa Francisco

No dia 11 de maio de 2024 estive com o Papa Francisco no Palácio Apostólico, no Vaticano, para uma audiência privada. Encontrar-se com o Papa é sempre uma alegria muito grande. O encontrei de bom humor, atento, preocupado com os rumos da humanidade e esperançoso na dinâmica da ação evangelizadora que, desperta nas comunidades eclesiais de base, a mística do encontro.

Ouvir as palavras de estímulo e encorajamento faz remeter ao início do cristianismo, quando São Pedro assume o primado da Igreja sob ameaças e perseguições. Arcar, apesar de uma multidão de colaboradores, exige muita lucidez, espiritualidade sólida para manter os rumos da Igreja sob os alicerces dos Apóstolos. Receber a bênção do Papa é grande estímulo para seguir avante no ministério do pastoreio na Arquidiocese de Maringá.

Na festa das colunas da Igreja, São Pedro e São Paulo, encontramos a solidez da Igreja, instituição divina que segue os passos de Nosso Senhor Jesus Cristo, impulsionados pela ação do Espírito Santo, para manter a tradição apostólica, hoje conferida ao Papa Francisco, ao qual somos fiéis e agimos em comunhão.

Assim como Jesus foi rejeitado pelos sumos sacerdotes, Pedro foi perseguido, martirizado. Hoje, encontramos os que se dizem fiéis à Igreja, rejeitam o pontificado do Papa Francisco. Os hipócritas, do tempo de Jesus, com suas escolas continuam dividindo e impedindo a ação libertadora da Igreja que caminha junto, ouve, cuida, cura as feridas causadas pelo pecado da divisão e do ódio.

A Igreja sofre as dores das pessoas oprimidas, violentadas, excluídas e massacradas pelo sistema injusto, opressor, dominador como nos tempos de Herodes. O mesmo sistema, cala, bloqueia e ameaça quem anuncia a verdade e a justiça. Males que fazem parte da vida social e eclesial pelas divisões, controladores internos, robotizam as consciências humanas.

Paulo, aquele que era perseguidor dos cristãos, ao se converter, fez a mesma experiência ao sofrer nas prisões, torturado, prega a esperança. Em suas cartas, faz sua autocrítica e anima as comunidades cristãs a serem fiéis a Jesus Cristo, apesar das perseguições e martírios.

Ao entrar no Vaticano, andamos pelos corredores, salas, auditórios centenários, construídos para proteger os Pontífices, que ao longo da história da Igreja, foram perseguidos e ameaçados na vida pessoal, na doutrina, nas incompreensões humanitárias que buscam o caminho da justiça e da verdade.

Com São Pedro, celebramos hoje São Paulo, Apóstolo. Ambos, com personalidades diferentes, comungaram a mesma fé e autenticidade no anúncio e testemunharam Jesus Cristo. Foram martirizados, reafirmaram pela ação do Espírito Santo, as raízes da Boa Nova. Saulo, o Apóstolo Paulo, é o missionário do Senhor. Andou por mar e terra, anunciando pela primeira vez a Boa Nova de Nosso Senhor Jesus Cristo. Graças a sua ação missionária, o Evangelho chegou aos confins do mundo.

A Igreja na Arquidiocese de Maringá tem a mesma ousadia, anunciar o Evangelho de Jesus Cristo para plantar a justiça, socorrer os doentes, pobres e excluídos, amar todas as pessoas sem distinção de raça, nação e posição social. Saber ouvir é dar atenção às pessoas, sobretudo as mais vulneráveis e sofridas. Cuidar é a arte do acolhimento, da intimidade, do zelo. Curar é a superação de toda a discórdia, divisão, manipulação.

Com essas palavras do Papa Francisco, ao concluir a audiência pessoal, me estimulou para que se crie estruturas do encontro em nossas comunidades de fé, especialmente, ser mais presença nos bairros e prédios onde as famílias, as pessoas, nas mais diversas situações têm dificuldade de se encontrar. É no encontro que nos conhecemos, enriquecemo-nos, amamo-nos e vivenciamos o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

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