Na divergência construímos a unidade

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O Papa Francisco, em diversas ocasiões mencionou o vazio existencial em muitas pessoas e o desvio da verdadeira conduta ensinada por Jesus Cristo. O sumo Pontífice exorta que os pastores de hoje recuperem a postura simples, humana, estejam mais próximas às ovelhas, “precisamos de uma Igreja Pobre com os Pobres”. Diz mais: “precisamos de pastores com cheiro de ovelhas”. É um clamor para que os líderes sejam presença, tenham sensibilidade humana no trato, no acolhimento e no cuidado de todas as pessoas em todas as camadas da sociedade.

Necessitamos de líderes ousados e revestidos da ética, da verdade, sobretudo nos momentos de dor, desespero, desprovidos de condições normais de vida.

Hoje celebramos dois personagens indispensáveis na Igreja, São Pedro e São Paulo. Ambos anunciaram com igual bravura e convergem no martírio pela causa de Jesus Cristo.

Pedro, o escolhido para ser o primeiro líder, recorda mais a instituição da Igreja. Paulo, identifica-se mais com o carisma pastoral da Igreja. Testemunharam Jesus Cristo de formas diferentes. São convictos em testemunhar os ensinamentos de Jesus Cristo. Por isso, são figuras típicas do cristão, com suas fraquezas e forças. Fortes no anúncio, foram corajosos até o fim no testemunho de Jesus (Roteiros Homiléticos, Ano C, p.756).

Ao convocar as pessoas de boa vontade para o Sínodo, a Igreja quer fazer o exercício vivido por Pedro e Paulo, com os apóstolos que souberam superar as divergências em Jerusalém (At 15,6-35).

O equilíbrio entre a instituição e a ação pastoral é um desafio que gera um processo de unidade na diversidade. A qualidade da escuta promove a inclusão, acolhe o diferente, une nas desavenças e os conflitos se transformam em harmonia e a paz se restabelece na sua plenitude.

Como cristãos, nos âmbitos da nossa vida cotidiana, somos chamados a construir a boa convivência, o respeito mútuo. Entendemos que as mais diversas tensões são geradas quando não reconhecemos o esforço das pessoas que constroem os alicerces de uma civilização do amor. No trato mútuo entre familiares, no respeito entre empregador e empregado, a governança para o bem de todos os cidadãos, a educação que inclui os excluídos são exercícios necessários para restabelecer a paz e tenhamos uma humanidade solidária, fraterna, justa, feliz.

Todos somos chamados a construir a paz na confiança que o Senhor nos conduz: “Então Pedro caiu em si e disse: Agora sei, de fato, que o Senhor enviou o seu anjo para me libertar do poder de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava” (At 12.11). Confiar no Senhor é viver segundo os seus mandamentos. O Evangelho da alegria nos proporciona tal conduta de vida. São Paulo reconhece e deixa por escrito que sua vida de sofrimentos, perseguições, incompreensões, gera perseverança, fidelidade, estimula a todos nós: “Caríssimo, quanto a mim, já estou para ser derramado em sacrifício; aproxima-se o momento de minha partida. Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. Agora está reservada para mim a coroa da justiça, que o Senhor Justo juiz, me dará naquele dia” (2Tm 4,6-8).

Hoje, lembramos de modo especial o Papa Francisco, que traz um novo jeito de pastorear e cuidar da Igreja que o Senhor confiou a Pedro e hoje ao Papa. Que sejamos dóceis e obedientes à suas orientações para que superemos as divergências e construamos unidade. “Por isso eu te digo tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la” (Mt 16,18).

Que nas divergências saibamos construir a unidade na diversidade de pensamentos, culturas, raças e religiões.

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