Antes de viralizar na Netflix, história de Jeffrey Dahmer já era HQ

Em “Meu amigo Dahmer”, o quadrinista norte-americano Derf Backderf rememora o tempo em que era amigo e colega de escola de Dahmer, que viria a se tornar um dos mais famosos serial killers do século 20, o “canibal de Milwaukee”

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Série é a mais assistida pelos brasileiros na Netflix (Crédito da Foto: Reprodução)

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A assustadora história do psicopata Jeffrey Dahmer é repassada na série “Dahmer: um canibal americano” (2022), sucesso de público na plataforma Netflix. Até esta quarta-feira, 5 de outubro, ocupava o 1º lugar no “Brasil: Top 10”.

Mas antes de chegar ao streaming, a trajetória desse assassino foi vista na graphic novel produzida pelo ilustrador e jornalista norte-americano Derf Backderf: “Meu amigo Dahmer” (trad. Érico Assis, 288 páginas), lançada no Brasil em 2017 pela DarkSide Books, editora especializada em literatura e quadrinhos de terror e fantasia.

Em 1991, Backderf descobriu que o antigo colega Jeff havia se tornado um temível psicopata, que matou, esquartejou e canibalizou 17 vítimas. O criminoso ficou conhecido como o “canibal de Milwaukee”.

Para tentar entender o modo como Dahmer se tornou esse “monstro”, Backderf produziu a premiada HQ “Meu amigo Dahmer”. O autor utiliza uma narrativa em primeira pessoa para rememorar o tempo em que ele conheceu Dahmer na escola nos anos de 1970, em uma cidadezinha rural dos Estados Unidos. É uma espécie de “gênese do mal”, em que o narrador mergulha no íntimo do jovem protagonista, para entender a trajetória trágica que o levou a matar 17 pessoas na vida adulta.

Como personagem da história, Backderf revela a sua relação de amizade com Dahmer, um cara solitário que sofria bullying na escola, tinha carência afetiva dos pais e utilizava a bebida alcoólica para aplacar os pensamentos sombrios. Naquela época, a versão em papel do quadrinista tinha uma relação de coleguismo com o perturbado protagonista da história, mas sem grandes intimidades ou amizade sincera.

Pesquisa
Mas o material de “Meu amigo Dahmer” não fica apenas nas impressões do autor. Durante 20 anos, Derf Backderf fez entrevistas com colegas e amigos dos tempos de escola, pesquisou nos arquivos de jornais e do FBI, além de cotejar o depoimento público dos pais de Jeff Dahmer. Muitos tinham histórias do garoto que costumava fingir surtos epilépticos, que exagerava na bebida antes mesmo de ir para a aula e que parecia ter uma fixação em dissecar os animais atropelados que encontrava perto de casa.

Extraliterário
Em seu conteúdo extraliterário, a graphic novel conta com um farto material de apoio para o leitor. Na apresentação, nas notas finais e nas cenas deletadas, o autor desnuda as informações obtidas em material de arquivo e nas entrevistas, reforçando a preocupação com a veracidade dos fatos.

HQ é uma produção do quadrinista Derf Backderf (Crédito da Foto: Reprodução)

Serviço
O livro “Meu amigo Dahmer” está disponível para aquisição no site da editora, a R$ R$ 74,90.

Contos
O livro “A vestida” (ed. Malê, 114 páginas, R$ 46), de Eliana Alves Cruz, chega nesta semana às livrarias. Os quinze contos dessa coletânea abordam temas como o antirracismo, o feminismo e os problemas sociais do Brasil. Os textos são escritos em diversos gêneros literários – desde o afrofuturismo do primeiro conto, “Cidade espelho”, que descreve o próspero país de Justiçópolis, até a atmosfera melancólica de “A vestida”, inspirado em uma foto tirada por Dulce Soares que mostra uma série de vestidos de noiva em um brechó da rua São Caetano, em São Paulo. A informação é da revista Quatro Cinco Um.

Coutinho
O e-book “O primeiro cabra”, organizado por Carlos Alberto Mattos, será lançado em 6 de outubro, com download gratuito (https://ims.com.br/). O Instituto Moreira Salles (IMS) publica o roteiro original do filme “Cabra marcado para morrer”, de Eduardo Coutinho (1933-2014), acompanhado de um ensaio do organizador Carlos Alberto Mattos, imagens históricas das filmagens e dos seus protagonistas e um breve histórico do projeto, que começou a ser rodado em 1964, mas foi interrompido após o golpe. Retomado em 1981, o filme só foi lançado em 1984. A informação é da revista “Quatro Cinco Um”.

Capa do ebook com o roteiro original de “Cabra marcado para morrer” (Crédito da Foto: Reprodução)

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O e-book disponível a partir de 6/10 no site do IMS torna possível visualizar o que seria o filme se concluído nos anos de 1960. O material passou alguns anos guardado na garagem do pai do cineasta David Neves, um general do Exército. Mais tarde, os copiões foram depositados na Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro sob o título-disfarce de Rosa do campo. Em 1981, foram retomados para as filmagens definitivas de “Cabra marcado para morrer”. Informação do IMS.

Escritor
Para quem mora ou está em trânsito por Curitiba, no próximo dia 11 de outubro (terça-feira) o escritor e filósofo Marcelo Pereira Rodrigues ministrará a palestra “Agenciamento Literário” e fará o lançamento de seu novo livro “Tolerância” (ed. Estrada de Papel). O evento será às 15h, no auditório do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná (rua José Loureiro, 43).

Wierzchowski
A história real de um casal que enfrentou o câncer de mama juntos chega em outubro ao mercado pelo selo Culturama Plural, da editora Culturama. “Amanhã será um dia melhor”, o novo livro de Leticia Wierzchowski, autora de “A Casa das Sete Mulheres”, é uma não ficção romanceada que narra a grande história de amor de Vanise e Alberto e a sua esperança inabalável durante o tratamento, ao mesmo tempo em que descortina a realidade da doença. O livro ainda abre espaço para a escritora se colocar como uma das personagens do enredo, e lhe permite imaginar cenas que o casal não teve tempo de viver. A informação é de assessoria.

Autora Leticia Wierzchowski (Crédito da Foto: Carin Mandelli)

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“Amanhã será um dia melhor” será lançado no dia 24 de outubro, mas já se encontra em pré-venda. Ele pode ser adquirido na loja da Amazon por meio deste link (https://amzn.to/3EdqEQR). O livro conta com 232 páginas, e foi impresso no papel pólen soft.

Geek
A Amazon, com apoio da editora Pipoca & Nanquim, promove o 2º Prêmio Geek, cujo objetivo é premiar obras literárias autopublicadas por meio da ferramenta Kindle Direct Publishing (KDP) da Amazon.com.br, nas categorias “HQs, Mangás e Graphic Novels” e “Fantasia, Horror e Ficção Científica” escritas em Português do Brasil. O período de inscrição será entre zero hora de 5/9 e 23h59 de 5/11, horário de Brasília. Prêmio em dinheiro.

Geek 2
As inscrições para o Prêmio Kindle de Literatura são gratuitas, sendo que cada autor(a) poderá publicar e inscrever quantas obras desejar, desde que sejam inéditas. O edital completo com todas as informações está disponível no site da premiação: https://amzn.to/3Sza7uQ

 

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