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Jornalismo também pode ser feito na forma de HQ

Por Cristiano Monteiro Martinez
12 de dezembro de 2022
Página de “Palestina”, famosa JHQ feita por Joe Sacco (Crédito: Reprodução)

Página de “Palestina”, famosa JHQ feita por Joe Sacco (Crédito: Reprodução)

Uma história contada por meio de ilustrações, balões de fala, recordatórios e quadros. Poderia ser mais uma HQ (História em Quadrinhos) como tantas outras. Mas, na verdade, trata-se de atividade jornalística.

É o caso, por exemplo, de “Palestina – Uma nação ocupada” (1993), que virou o famoso álbum produzido pelo jornalista e quadrinista Joe Sacco, ganhador do American Book Award em 1996. Ou mesmo “Duas décadas de uma guerra sem fim” (2021), página roteirizada por Rodrigo Turrer e desenhada por Marcos Müller para O Estado de S.Paulo. Em ambos, uma reportagem inserida no campo do chamado Jornalismo em Quadrinhos (JHQ).

O assunto é melhor explicado no livro “Jornalismo em Quadrinhos” (2022, ed. Marca de Fantasia), de Gian Danton, que é jornalista, professor e roteirista de gibis (desde 1989).

“As primeiras vezes em que falei de JHQ em sala de aula, lá nos anos 2011, até mesmo alguns estudantes desdenharam. Hoje sinto um grande interesse por parte dos estudantes, mas de fato ainda há pouca gente pesquisando. Prevejo que dentro de 10, 15 anos, esse será um dos temas mais quentes da área”, diz Danton, em entrevista a este repórter.

Aliás, o autor conta que, por se tratar de um fenômeno novo, o JHQ é um tema quase desconhecido no meio universitário. “Quando comecei a lecionar a disciplina, eu me espantei com a quantidade mínima de bibliografia que existia sobre o assunto. Alguns poucos artistas escritos por mestres ou mestrandos – não parecia um tema relevante o bastante para ser abordado por doutores. Algum tempo depois surgiu um livro, uma coletânea de artigos, que era único no Brasil”.

Por isso, seu livro traça um panorama geral do JHQ, misturando estilo acadêmico (seguindo o rigor científico) e pegada de manual para contar a história, apresentar conceitos e listar exemplos da produção jornalística feita em linguagem da Nona Arte. O professor da Universidade Federal do Amapá cita, entre tantos casos, as obras “Maus”, de Art Spielgman; “Persépolis”, de Marjane Satrapi; “Fax de Saravejo”, de Joe Kubert; “O complô – a história secreta dos Protocolos dos sábios de Sião” (2005), de Will Eisner.

“Num esforço de definirmos o que seria o Jornalismo em Quadrinhos, poderíamos dizer que é uma área do jornalismo caracterizada pelo uso da linguagem quadrinística na transmissão de informações jornalísticas de modo que texto e imagem são complementares e informativos” (p. 13), escreve Danton em seu livro, citando que é um campo dinâmico, em que resenhas, reportagens, notícias, entrevistas e até mesmo editorial podem ganhar o formato quadro a quadro.

Capa do livro com ilustração do paranaense Antonio Eder (Crédito: Reprodução)

Produção
Já na produção diária, Danton utiliza o exemplo da matéria em quadrinhos de O Estado de S.Paulo, publicada em 11 de setembro de 2021, quando o atentado terrorista do 11 de Setembro completou 20 anos. O material ocupa uma página interna da editoria Internacional (não é no caderno cultural) e ganhou destaque na Primeira Página desse jornal.

“O Estadão é considerado um dos jornais mais conservadores do Brasil e o fato de ter dado tanto espaço para uma reportagem em quadrinhos provavelmente vai abrir caminho para que muitos veículos usem o recurso. Atualmente, com as redes sociais, o JHQ pode ser inclusive o elemento a mais para chamar atenção do público”, analisa o autor.

No Paraná, o ilustrador Robson Vilalba é conhecido pela produção visual de reportagens, tendo ganhado prêmios com séries como “Pátria Armada Brasil”. Em seu livro, Danton cita uma história de Vilalba feita em 2017 sobre quando uma partida entre Coritiba e Athletico-PR foi cancelada por divergências a respeito de quem faria a transmissão do clássico. “Com desenhos que privilegiam os contrastes, a HQ usa apenas balões legenda e descreve passo a passo todos os acontecimentos daquele dia em que jogadores dos dois times rivais se uniram no campo enquanto os torcedores travavam uma batalha” (p. 49).

Hoje em dia, o escritor informa que tem visto muito o uso da linguagem dos quadrinhos, especialmente em matérias para internet.

 

Em 2021, Estadão publicou reportagem feita em quadrinhos (Crédito: Reprodução)

Autor
Para quem não sabe, Gian Danton, cujo nome verdadeiro é Ivan Carlo Andrade de Oliveira, começou a carreira de roteirista de gibis nos anos de 1980, na histórica revista de terror “Calafrio”. Em todos esses anos, ele já trabalhou para quase todas as editoras nacionais de quadrinhos e fez parceria com vários desenhistas, entre eles Joe Bennet, que atualmente desenha histórias para a Marvel Comics.

Serviço
Para mais informações sobre “Jornalismo em Quadrinhos”, acesse o site da editora Marca de Fantasia (http://www.marcadefantasia.com/livros/). O livro está disponível no formato impresso (R$ 25) e digital.

Tags: EstadãoGian DantonJHQJoe KubertJoe SaccoJornalismoJornalismo em QuadrinhosMarca de FantasiaMarjane SatrapiPalestinaPersépolisQuadrinhosWill Eisner

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