Livro paranaense sobre Shazan & Xerife viaja por cinco estados

Saulo Adami

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Desde o lançamento na Biblioteca Pública do Paraná, em março deste ano, o escritor Saulo Adami viajou com seu livro “Camicleta: Manual dos Proprietários” (Curitiba: Estrada de Papel, 2022) por Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

 

Tais eventos são “oportunidades para encontrar fãs da telenovela e da série de TV criadas por Walther Negrão para a Rede Globo de Televisão, e coletar novas histórias para a próxima edição”, destacou o autor, que há sete anos pesquisa o tema.

 

Em julho, foram dois lançamentos. Dia 4, na Estação NET, no Rio de Janeiro, contou com presenças dos atores Cláudio Ayres da Motta e Paulo Senna, do jornalista Marcelo Migliaccio e da atriz Yvonne Brandão Migliaccio, respectivamente o filho e a viúva do ator Flávio Migliaccio, que viveu o personagem Xerife na telenovela “O Primeiro Amor” (1972) e na série de TV derivada, “Shazan-Xerife & Cia.” (1972-1964), criadas por Walther Negrão. Dia 27, no bar Mondo Cane, em Porto Alegre, o lançamento fez parte da programação do terceiro Sarau Odisseia de Literatura Fantástica.

 

****Na foto: Saulo Adami participou de bate papo com os jornalistas Marcelo Migliaccio e Paulo Senna, no Rio de Janeiro

 

Pesquisa

Em sete anos de pesquisa, Adami mergulhou nas 451 aparições de Shazan e Xerife na telinha em 226 capítulos da telenovela, 23 episódios + 199 capítulos de cinco seriados da série de TV, dois capítulos da telenovela “Era Uma Vez…” (1998) e no especial “Globo 50 Anos” (2015).

 

Pesquisa 2

O autor conta que decidiu pesquisar e recontar a história de Shazan & Xerife, pois os inventores da Camicleta eram os “heróis simples” de sua infância. “Eles eram brasileiros e aventureiros, bagunceiros e divertidos, criativos e de bom coração e preencheram meus dias de menino aspirante a escritor”, disse Saulo Adami. “Eu e tantas outras crianças ficamos imediatamente identificados com eles. Pareciam com a gente, eram pessoas simples, que construíam coisas e sonhavam tanto quanto todos nós juntos”.

 

Personagens

Intrépidos, sonhadores, atrapalhados e até meio malucos, os mecânicos inventores Shazan e Xerife são dois dos mais marcantes e amados personagens da história cultural brasileira. Os jovens “empreendedores” vividos por Paulo José (1937-2021) e Flávio Migliaccio (1934-2020), tinham uma pequena oficina de bicicletas (Shazan-Xerife & Cia.) na pequena cidade de Nova Esperança. Sonhavam encontrar a peça mágica para concluir a construção da Bicicleta Voadora e viviam suas aventuras a bordo da Camicleta, veículo que misturava bicicleta com caminhão e funcionava como casa e oficina ambulantes.

 

Personagens 2

Criados pelo dramaturgo Walther Negrão, nasceram como coadjuvantes da novela “O Primeiro Amor”, exibida pela Rede Globo em 1972, mas fizeram tanto sucesso que ganharam um spin-off, uma série só para eles: “Shazan – Xerife & Cia.” (1972-1974).

 

Livro

O livro “Camicleta: Manual dos Proprietários” tem capa do artista gráfico britânico Pete Wallbank, prefácio de Eduardo Torelli, posfácio de Jeanine Wandratsch Adami, projeto gráfico de Rogério Marcos Lenzi e contribuições artísticas de Clovis Paulo Stocker, Gerson Luiz Teixeira e Laudo Ferreira.

 

Consec

A Secretaria de Cultura de Maringá e o Conselho Municipal de Políticas Culturais realizam, nesta quinta-feira, dia 4 de agosto, às 19h, o encontro com a classe artística de Maringá. O objetivo é escolher o candidato que será indicado a concorrer ao Conselho Estadual da Cultura (Consec), na macrorregião noroeste. Todos os artistas da cidade estão convidados para participar do evento, marcado para o Centro de Ação Cultural (CAC) – Av. XV de Novembro, 514 – Zona 01. É preciso se inscrever em formulário disponível neste link: https://bit.ly/3PX4PrB

 

Patrimônio

A Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa do Paraná aprovou, na terça-feira (2), o projeto de lei 328/2020 que reconhece a música “Bicho do Paraná”, do compositor João Lopes, como Patrimônio Artístico do Paraná. Nascido no município de Califórnia em 25 de maio de 1950, João Lopes da Silva cresceu em Rolândia e sua homenagem ao Norte do Paraná faz parte da canção que representa um hino informal para os paranaenses.

 

Carreira

Autodidata, João Lopes compôs no violão canções que enalteciam o chão vermelho do interior e outras características do Estado. “Bicho do Paraná” surgiu após uma viagem ao Rio de Janeiro, quando sugeriram que cortasse o cabelo e aparasse a barba, mudando características que trazia do movimento hippie, que incluíam ainda a generosidade e o amor à natureza.

 

Canção

A canção “Bicho do Paraná” se tornou uma homenagem aos paranaenses que se destacam na sociedade e em seus setores de atuação após campanha, ainda na década de 1980, da então TV Paranaense e Banco Bamerindus. A campanha foi retomada, nos dias atuais, pela RPC TV. João Lopes faleceu em 2020, pouco antes de completar 70 anos, deixando 3 filhos, quatro netos, seis discos gravados e um legado de valorização à cultura e ao povo paranaense.

 

 

 

 

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