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Luthier de Maringá usa madeira para moldar instrumentos musicais

Por Cristiano Monteiro Martinez
13 de outubro de 2022
Desde 2014, Santini vem construindo instrumentos de corda (Crédito da Foto: Cristiano Martinez)

Desde 2014, Santini vem construindo instrumentos de corda (Crédito da Foto: Cristiano Martinez)

Da escolha da madeira aos cortes precisos, mãos habilidosas moldam um instrumento de corda. É feito de maneira artesanal, milimetricamente ajustado e na honestidade.

Assim é a profissão de luthier (palavra de origem estrangeira). Assim é o métier de Santini (47 anos), um dos poucos e raros artesãos de Maringá dedicados ao ofício de construir violões, guitarras, contrabaixos etc.

Na Cidade Canção desde o final de 1995, quando veio para trabalhar como baixista das famosas bandas de baile, ele já foi vendedor em lojas de instrumentos musicais. Hoje é empresário (Ateliê da Música), tendo iniciado profissionalmente em 1998 no ramo da luteria (ou luthieria, na versão consagrada).

O primeiro produto feito do zero por suas mãos foi em 2014, quando construiu um baixo do modelo Jazz Bass, quatro cordas. De lá para cá, Santini produziu artesanalmente instrumentos como violão, guitarra, viola caipira, baixo, cigar box etc.

Ao jornal O Maringá, ele conta que ainda se considera novo na profissão. Mas o interesse vem de longe, quando tinha 13 anos de idade, em 1987. Naquela época, em Ibaiti (região de Santo Antonio da Platina, no Norte Pioneiro), Santini, autodidata, reformou um violão Giannini que pertencia a sua família. “Eu lixei todo ele e queria que ficasse preto, com escudo, parecido com o violão do Elvis Presley”, referindo-se aos filmes do Rei do Rock. “Queria colocar um captador, poder ligar na caixa de som”.

Enquanto o violão continua até hoje na família, o luthier deu sequência aos trabalhos e reformou outras peças. Em uma era pré-internet, ele precisou pesquisar e buscar conhecimento em outras áreas para aprender a fazer manutenção em guitarras e afins. Até mesmo a conversa com um funileiro de carros serviu para saber como pintar um instrumento. “Pesquisando e conversando. Especulando, a gente falava”, diz Santini.

Em Maringá, já na fase adulta, o luthier passou a fazer serviços de reforma e manutenção nas lojas em que trabalhou. Até que, em 2011, montou seu próprio empreendimento. Mas não foi só isso. “Nesse ano de 2011, eu fiz um curso de luteria lá no Espírito Santo, na cidade de João Neiva. Eu fiz com dois luthiers”, citando Luciano Borges e Renato Casara.

Santini ficou uma semana em João Neiva para se capacitar. “Mergulhado no universo de madeiras”, acrescentando que estava aprendendo a selecionar madeiras para construir violão e viola caipira.

Guitarra em fase de construção na luteria de Santini (Crédito da Foto: Cristiano Martinez)

CONSTRUÇÃO
O primeiro passo para construir um instrumento de corda, no caso de uma guitarra, começa pela escolha da madeira.

“Para a luteria, é difícil encontrar madeira adequada. Porque não pode usar qualquer madeira”, afirma Santini, citando que tem de ser específica para o instrumento, com qualidade, estabilidade, sonoridade.

Entre a seleção de madeiras para peças como escala, braço e corpo, o tipo varia bastante, podendo ser marfim, maple, jacarandá, roxinho, marupá, cedro (mas somente cortes antigos) e até mesmo a raridade Coração de Negro, que é considerada o “ébano brasileiro”. A madeira de qualidade custa caro e tanto pode ser oriunda da região quanto vir de fora.

No processo de construção de uma guitarra, é preciso saber como a madeira será aproveitada; depois, vem a definição do modelo do instrumento (strato, tele, Les Paul etc.). E mais etapas (não exatamente nessa ordem): cortes (braço, corpo, escala), colagem, união de braço/escala, marcações, lixação, pintura, parte elétrica, captadores, juntar as peças… sem contar também o tempo de maturação para algumas fases.

Em média, uma guitarra pode demorar três meses para ficar pronta.

Detalhe do headstock de uma guitarra com a marca Santini (Crédito da Foto: Cristiano Martinez)

MERCADO
Santini explica que são poucos os luthiers que conseguem ganhar dinheiro com o trabalho, pois não é todo cliente que tem condições para encomendar um instrumento sob medida. “O mercado não é ruim. É um pouco sofrido”.

Para ele, Maringá é uma cidade boa de trabalhar. “Luteria nunca vai acabar”, diz Santini, explicando que um músico sempre vai precisar do serviço de manutenção e reforma.

E ele ainda acrescenta que tem instrumentos (como é o caso do violino) que somente a luteria consegue produzir com qualidade, agradando aos músicos mais exigentes.

Entre suas influências, Santini cita os nomes de Seizi Tagima (“O cara que mais me inspirou”), Zaganin, João Cassias e João Scremin.

Modelo de guitarra Flying V feita pelo luthier de Maringá (Crédito da Foto: Cristiano Martinez)

CURSO
E uma curiosidade: desde 2009, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) conta, no campus de Curitiba, com o pioneiro curso superior de Tecnologia em Luteria. Para mais informações, acesse o site do curso (www.luteria.ufpr.br/portal/).

Tags: Ateliê da MúsicaBaixoconstruçãoGuitarraindústriaInstrumentos de cordaLuteriaLuthierLuthieriaMaringáMúsicaSantiniUFPRViolão

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