Autor de poemas famosos como “No meio do caminho” e “O amor bate na aorta”, o mineiro Carlos Drummond de Andrade é um dos maiores poetas da história brasileira. Nesta quarta-feira, 17 de agosto, completam-se 35 anos de sua ausência. Ele faleceu em 17 de agosto de 1987, aos 84 anos de idade.
Sua morte, em 1987, ganhou a capa dos principais jornais brasileiros no dia seguinte, 18 de agosto. Aliás, o Estadão manchetou: “Morre Drummond, o poeta brasileiro”.
Nas páginas internas, o assunto dominou os cadernos desse jornal paulistano, com direito a reprodução do célebre poema “No meio do caminho” e da crônica “A vida? Ela esgota, termina, acabou. Mais nada”. Segundo o jornal, Drummond morreu às 20h45 de 17 de agosto, de enfarte do miocárdio e insuficiência renal, na UTI da clínica Pró-Cardíaco, no Rio de Janeiro, onde fora internado na madrugada do sábado anterior.
Tragicamente, ele faleceu apenas 12 dias depois de sua única filha, Maria Julieta. “…vinha então demonstrando uma tristeza profunda. Mineiro de Itabira, tinha 84 anos e não estava mais escrevendo, depois de ter publicado 43 livros e colaborado com artigos, crônicas e poesias em importantes jornais do país”, diz um dos textos.
Segundo a informação, o escritor participou da Semana de Arte Moderna de 1922, que completou 100 anos em 2022, e publicou em 1927 o poema “No meio do caminho”, que é o “mais famoso e mais polêmico de sua obra”, conforme o Estadão.
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Estreia
Publicado em 1930, numa pequena tiragem não comercial de apenas 500 exemplares, “Alguma poesia” assinala a estreia de um autor que, então com 28 anos, iria revolucionar a poesia de língua portuguesa no século 20. Com peças como “Poema de sete faces”, “Infância”, “No meio do caminho”, “O sobrevivente”, o livro demonstra já a enorme maturidade do jovem Drummond, ainda estabelecido em Belo Horizonte.
Trajetória
Vivendo no Rio de Janeiro entre 1934 e 1987, o mineiro atravessaria boa parte do século 20 produzindo poesia, crônica para os jornais e marcando, sobretudo com sua obra, todas as gerações posteriores da literatura produzida no Brasil. Em 2 de novembro de 1977, Drummond foi matéria de capa da revista Veja, no número nº 478, com texto assinado por Humberto Werneck. Naquela ocasião, comemoravam-se os 75 anos do escritor, chamado de “O poeta maior” pela publicação.
Quadrinhos
Da dupla de mestres argentinos Carlos Trillo e Horacio Altuna, conheça um clássico das HQs ainda inédito no Brasil, publicado em grande estilo pela Risco Editora, com tradução de Jana Bianchi: “Charlie Moon”. A trama gira em torno de Charlie Moon, um adolescente que precisa ganhar a vida nos Estados Unidos dos anos de 1930, em plena Grande Depressão. Suas ilusões de criança vão batendo de frente com a crueza da realidade, onde a pobreza, o racismo e a sordidez contrastam com as miragens do sonho americano. O álbum é composto por cinco histórias, que abordam temas delicados como o racismo e a misoginia. Para apoiar, acesse: www.catarse.me/charliemoon
Quadrinhos 2
A Tai Editora está em campanha no Catarse para o volume 2 de “Suspiria”, quadrinho italiano repleto de horror e erotismo. Portanto, trata-se de HQ com conteúdo adulto. Criada por Luca Laca Montagliani, essa obra é o maior sucesso da editora italiana Annexia, especializada em horror erótico. O segundo livro conta com a participação de grandes artistas como Andrea Bulgarelli, Alex Horley e Andrea Jula. A edição da Tai terá o mesmo formato do primeiro volume, 16 x 23 cm, miolo em pólen bold 90g, 192 páginas, sendo 64 páginas coloridas e capa dura. Link: www.catarse.me/suspiria2
Oficina
Em Maringá, a pianista e arranjadora Antonella Franco ministrará seu workshop com o tema “Piano Erudito Brasileiro”, nesta quinta, 18 de agosto, e sexta-feira, 19 de agosto, das 15h às 18h. O workshop ocorrerá no CAC (Centro de Ação Cultural), no auditório Joubert de Carvalho (av. XV de Novembro, 514) e tem como objetivo abordar obras representativas do repertório didático brasileiro. Não se esqueça de realizar a inscrição através do formulário (link:
Oficina 2
Recomenda-se que cada participante prepare uma ou mais peças (brasileiras) para tocar no workshop. “Um dos objetivos do mês da música em Maringá é proporcionar ações formativas de qualidade acessíveis para toda população”, diz a Secretaria de Cultura, por meio de suas redes sociais.
Pianista
Além de ser idealizadora do projeto “Piano em foco”, Antonella Franco inovou durante a pandemia com o “Piano Itinerante”, ao sair pelas ruas de Londrina tocando piano sobre um caminhão, movimento que foi difundiu a prática pelo país a tornando percursora.
História
Durante o mês de agosto, a Biblioteca Centro ComVida para a Hora da História: “Um dia, um rio”, de Léo Cunha e André Neves. “Agende para ouvir esta história. Convide os amigos, traga sua turma!!”. É uma atividade sob agendamento para a Biblioteca Bento Munhoz da Rocha Netto (av. Horácio Racannelo Filho, 6.090), pelos tels. (44) 3901-1162 / 3901-1753; e-mail: bibliotecacentro@maringa.pr.gov.br