‘O último endereço de Eça de Queiroz’ é o novo livro do paranaense Miguel Sanches Neto

No encalço dos fantasmas de José Saramago, Fernando Pessoa, Camões e, claro, Eça de Queiroz, o autor cria uma obra hilária, inteligente, vertiginosa, um romance feito de encontros, desencontros, fugas, autoengano, paixão e muita literatura

Detalhe da capa feita por Caco Neves (Crédito da Foto: Reprodução)

Natural do Paraná (de Bela Vista do Paraíso), o escritor Miguel Sanches Neto chega nesta segunda-feira, 26 de setembro, com seu novo romance “O último endereço de Eça de Queiroz” (184 páginas), uma publicação da Companhia das Letras.

Nesta história contada de modo nada confiável por um sujeito que aspira escrever um romance, a questão da identidade toma o primeiro plano. O narrador assume o pseudônimo Rodrigo S. M., sequestrado de “A hora da estrela”, de Clarice Lispector, e deixa para trás seu passado ordinário.

Decidido a cruzar o oceano em busca de, em suas palavras, “civilização”, ele parte para Portugal em uma jornada que se equilibra entre a ironia cáustica e a homenagem ao panteão de escritores da literatura lusa. Seu alvo logo se torna o lendário Eça de Queiroz, cujos caminhos procura refazer atrás de inspiração para um livro.

Feito um Dom Quixote lusófono, o narrador personagem precisa amargar que os cenários idealizados de suas leituras não coincidem com a realidade que o aguarda nos mais diversos destinos, o que inclui uma bizarra celebração ao aniversário de Hitler.

“Navegando entre a imaginação desvairada e a ironia aguda, Miguel Sanches Neto compõe um romance que ousa tratar o cânone com humor, tirando do pedestal os nomes europeus que assombram a literatura brasileira lá do outro lado do Atlântico. Jornada desmistificadora e magnética, ‘O último endereço de Eça de Queiroz’ nos conduz, eletrizados, até seu luminoso desenlace”, diz a Cia das Letras.

O livro tem nas versões: impresso (R$ 64,90); e-book (R$ 39,90).

Autor
Miguel Sanches Neto nasceu em 1965, em Bela Vista do Paraíso, Paraná. É autor de mais de trinta livros, entre romances, crítica, poesia, crônicas e contos. Dele, a Companhia das Letras publicou “A máquina de madeira”, finalista dos prêmios São Paulo e Portugal Telecom, “Chá das cinco com o vampiro”, “A bíblia do Che” e “A bicicleta de carga”.

Miguel Sanches Neto (Crédito da Foto: Divulgação)

Diversidade
É possível utilizar a matemática para discutir temas presentes no dia a dia como inclusão, diversidade e preconceito? A escritora e pedagoga Liliane Mesquita mostra que sim. No livro “Qual é a sua forma?” (ed. Ases da Literatura, 28 páginas), as formas geométricas ganham vida em uma história que explora a sensibilidade e a imaginação das crianças para fomentar o respeito às diferenças. O livro pode ser adquirido em lojas virtuais (Amazon, Americanas e Carrefour) e custa R$ 39,90. A informação é de assessoria.

Diversidade 2
Dirigido especialmente para leitores em formação, de seis a dez anos, a obra conta a história de um círculo amarelo que precisa se disfarçar para ser aceito pelos moradores de UniCidade. Afinal, lá só viviam triângulos vermelhos e quadrados azuis. Era até difícil de distingui-los, tamanha a semelhança. O círculo amarelo sentia ser apenas mais uma forma repetida entre tantas outras, mas tinha medo da rejeição.

Diversidade 3
Ao encarar a comunidade, expor seus sentimentos e decidir se mostrar para todos como é de verdade, o protagonista oferece a necessária reflexão para uma situação muito presente entre as crianças: o bullying. Com a leitura própria ou feita pelos pais ou cuidadores, “Qual é a sua forma?” também estimula reflexões que vão além do ambiente escolar, como o respeito às singularidades e o apoio incondicional a todas as formas de ser e sentir.

Capa do livro (Crédito da Foto: Reprodução)

Jabuti
A cerimônia de entrega do tradicional Prêmio Jabuti, que está em sua 64ª edição, será em 24 de novembro, às 20h, no Theatro Municipal de São Paulo. Segundo a coluna Painel das Letras, do jornal Folha de S.Paulo, o Jabuti teve recorde de inscrições nesta edição, com 4.290 livros, 25% a mais que no ano passado. O prêmio é organizado pela Câmara Brasileira do Livro.

HQMIX
A aguardada lista dos indicados como os melhores lançamentos de 2021 pelo 34º Troféu HQMIX, o “Oscar dos quadrinhos no Brasil”, tem 27 categorias e aumentou a dificuldade para os jurados especializados em quadrinhos que, por cinco meses, leram e analisaram todos os trabalhos inscritos. A grande produção de 2021 levou o júri a prorrogar a análise por mais tempo do que os quatro meses de anos anteriores. A lista completa está AQUI, no site do prêmio.

HQMIX 2
Além das 27 categorias em votação nacional contempladas na cédula, outras categorias serão premiadas por um júri especializado (TCC, Mestrado e Doutorado) e por membros da comissão organizadora (Mestre do Quadrinho Nacional, Grande Contribuição do Ano, Homenagem Especial, Projeto Gráfico, Projeto Editorial, Relevância Internacional e Projeto Especial na Pandemia). No final do mês de novembro serão anunciados os vencedores, e a cerimônia de entrega dos troféus será virtual, como nos dois últimos anos, no canal do YouTube do Sesc CPF – Centro de Pesquisa e Formação, no dia 10 de dezembro, às 19h.

Slam
No dia 18 de setembro, ocorreu a final do Slam Pé Vermelho no Obelisco da Praça da Prefeitura de Maringá. Segundo informações, participaram 10 poetas no total. “Os três primeiros lugares ganharam premiação em livros, e os dois primeiros colocados da final Pé Vermelha se classificaram para o Slam Paraná, etapa estadual do circuito que acontecerá em 16 de outubro em Curitiba. Quem vencer o Slam Paraná representará o estado no Slam Brasil, etapa nacional”, diz a Secretaria Municipal de Cultura de Maringá, por meio de suas redes sociais. Inclusive, a pasta é apoiadora.

Crédito da Foto: Slam Pé Vermelho

Exposição
O Terminal Intermodal de Maringá está em curso com a exposição “Bandeiras da Memória”. Esta mostra é formada por desenhos produzidos em outra ação de educação patrimonial, o “I Perspectivas da Memória: Catedral”, realizado em maio de 2022, mês em que o monumento completou 50 anos. “Artistas, crianças e entusiastas, representaram a Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Glória a partir de suas perspectivas e memórias, utilizando-se das mais diversas técnicas artísticas”, diz a Secretaria de Cultura, por meio de suas redes sociais.

 

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