Público maringaense assiste a ‘O Poderoso Chefão’ em projeção na parede do Calil Haddad, neste sábado (26)

Gratuita, sessão especial ocorreu ao ar livre, dentro do projeto Convite ao Cinema. Confira também uma série de curiosidades sobre o filme cinquentão do diretor Francis Ford Coppola

O Maringá

Público se acomodou no gramado para assistir ao filme (Crédito da Foto: Cristiano Martinez)

Família. Máfia. Clássico. Completando 50 anos em 2022, “O Poderoso Chefão” (1972) é tudo isto e mais um pouco. Muita gente já viu e reviu esse longa-metragem dirigido por Francis Ford Coppola, que tem ainda Marlon Branco e Al Pacino no elenco principal.

Mas os maringaenses tiveram uma experiência diferente na noite deste sábado, 26 de novembro. Eles puderam assistir ao ar livre, de graça, em uma das paredes do Teatro Calil Haddad.

A coluna acompanhou parte da exibição. O público usou o gramado para estender cadeiras e toalhas para se acomodar e curtir a proposta.

A sessão especial ocorreu dentro do projeto Convite ao Cinema. “Com as exibições ao ar livre, ampliamos a iniciativa para que mais pessoas possam assistir aos clássicos do cinema. Com isso, reforçamos o compromisso da gestão municipal em democratizar o acesso à cultura”, diz o secretário de Cultura, Victor Simião, via site da Prefeitura.

Parede do Teatro foi usada para a projeção (Crédito da Foto: Cristiano Martinez)

Filme
Adaptação do romance de Mario Puzo, “O Poderoso Chefão” narra a ascensão e queda da família Corleone, a partir de Don Vito, imigrante siciliano que refaz sua vida em Nova York. O elenco tem ainda James Caan, Richard Castellano, Robert Duvall, Sterling Hayden, John Marley, Richard Conte e Diane Keaton.

Histórico
O icônico longa-metragem com Marlon Brando e Al Pacino estreou em São Paulo somente em 11 de setembro de 1972 (uma segunda-feira). Reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, de 10 de setembro de 72, conta que “O Poderoso Chefão” chegaria às telas dos cinemas Ouro, Marabá, Liberty, Paulistano e Lumière com expectativa de bater os recordes, naquela época, de “…E o vento levou” e “A noviça rebelde”.

Proposta é exibir filmes ao ar livre (Crédito da Foto: Cristiano Martinez)

Histórico 2
“Segundo a revista Variety, ‘O Chefão’ vem arrecadando há 20 semanas, só nos Estados Unidos uma média semanal de 2 milhões de dólares (12 milhões de cruzeiros)”, conforme texto do Estadão, citando ainda que todos os envolvidos nessa produção ficaram milionários. Especialmente Brando, ator com 47 anos de idade naquele momento e que voltava a ocupar posição de prestígio em Hollywood. A reportagem do jornal paulistano recorda que o auge do artista havia sido nos anos de 1950, em filmes como “Uma Rua chamada Pecado” e “Sindicato de Ladrões”.

Curiosidades
Aliás, o texto do Estadão em 1972 aproveita para contar algumas curiosidades que, ao longo da história, passaram a compor o anedotário em torno desse clássico do cinema. Uma delas é que Coppola só topou dirigiu “O Chefão” porque o estúdio aceitou cancelar uma dívida que ele tinha como produtor independente. Outro “causo” é que Mario Puzo só escreveu o livro para ganhar dinheiro, pois estava endividado.

Público acompanhou a projeção neste sábado (Crédito da Foto: Cristiano Martinez)

Curiosidades 2
E tem mais: os produtores não queriam Brando no papel principal, contrariando a sugestão de Puzo para o papel de Don Vito. A bronca com o ator remonta a 1962, após a filmagem de “Motim a bordo”. “Os produtores acusaram Brando de ter retardado o tempo da filmagem e causado um prejuízo de 10 milhões de dólares”, diz a reportagem. Desse modo, para conseguir o papel do “padrinho”, Brando leu o livro em apenas três dias e, de comum acordo com Coppola, se maquiou e se submeteu a um teste gravado. O diretor exibiu esse material para o presidente da Paramount, Bob Evans, que ficou maravilhado. Hollywood teve de se dobrar ao talento do intérprete.

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