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O termo autocuidado, comumente usado por diversos profissionais, pode ser compreendido de maneira equivocada pela maioria das pessoas. Acreditamos, geralmente, que o autocuidado só é possível para pessoas com muito tempo e muito dinheiro. Entretanto, se incorporarmos práticas saudáveis de autocuidado em nosso dia-a-dia, poderemos obter benefícios a longo prazo. Não podemos confundir o termo autocuidado, mal compreendido em muitos casos, com o termo auto-aperfeiçoamento, por exemplo.

Na maior parte das vezes que pensamos em autocuidado, pensamos em auto-aperfeiçoamento, porque sempre acreditamos que há algo em nós mesmos que poderia ser diferente. Tal termo está relacionado à ideia de perfeccionismo, de que há algo em nós para melhorarmos ou consertarmos, o que pode gerar um sentimento de culpa e dúvidas sobre nossas capacidades. Além do mais, um sentimento de vergonha também pode emergir quando pensamos que não somos bons o suficiente para alcançarmos uma meta que definimos. Um exemplo disso são as metas que definimos agora no início do ano para tentarmos alcançar um bem-estar no decorrer dos meses, mas que, caso contrário, se não conseguimos, sentimos certa frustração e um sentimento de fracasso.

Os processos relacionados ao auto-aperfeiçoamento passam a ideia de que, se trabalharmos mais para encontrarmos uma certa disciplina, poderemos, futuramente, apenas consertar o que está errado e sermos merecedores de cuidados pessoais. A culpa aparece no momento em que as pessoas se sentem egoístas demais por estarem pensando mais em si mesmas do que nos outros, porém, não devemos perder de vista que é necessário estarmos bem para ajudar os demais. 

O autocuidado diferencia-se do termo auto-aperfeiçoamento porque diz respeito às experiências do agora, sem depender de algo que aconteça no futuro. O autocuidado envolve, principalmente, a preservação de si mesmo e o reconhecimento de si como sujeito, além da mudança de alguns atos necessários para a transformação do indivíduo. É válido ressaltar que muitas vezes as mudanças de percepção sobre nós e de alguns comportamentos envolvem questões físicas, sociais e emocionais que acontecem conosco. Ou seja, o processo de nos cuidarmos inicia-se a partir de nossa compreensão e entendimento daquilo que realmente somos. 

Ir ao cinema, uma massagem, comer em um restaurante legal, ir ao salão de beleza, meditar e, concomitante a isso, postar fotos nas redes apenas para mostrar aos seguidores o que está acontecendo com você não é autocuidado, e sim pequenos momentos de diminuição da tensão do dia, momentos nos quais você se permite fazer algo que gosta. A brevidade desses momentos de relaxamento não melhora sua vida, apenas nos auxiliam a combater o estresse, o que já é bom, mas que não é suficiente para mudarmos. Cuidar de si exige transformação. 

Por fim, o autocuidado diz respeito a darmos atenção a nós mesmos, aos nossos pensamentos, sentimentos e emoções. É necessário enfrentarmos o que estamos sentindo, gerenciarmos nossas emoções a cada momento. Por isso é essencial o acompanhamento com um profissional de Psicologia. 

 Em quais momentos você pratica autocuidado? Você já confundiu autocuidado com auto-aperfeiçoamento, ou auto “melhoramento”? Quais atitudes você pode tomar para prestar mais atenção nos seus sentimentos? E nas emoções? São algumas questões para você refletir acerca do tema e que podem fazer você criar novos meios para continuar fazendo o que te faz bem e abandonar alguns hábitos que não fazem tão bem assim. 

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