O 1º Congresso Brasileiro de Geração Compartilhada ocorrerá nesta terça-feira (10), a partir das 8h, na Expoingá – Parque Internacional de Exposição Francisco Feio Ribeiro. As inscrições ainda estão abertas. O evento trará nomes de peso, como o Fundador da SICES Solar, Leonardo Curioni, ganhador dos 100 Mais Influentes da Energia da Década; Gustavo Emanuel Cejas, diretor de Mercado e Novos Negócios da InvestePR e Guilherme Aguiar, diretor-executivo da GB Investimentos, com pautas como a viabilização de recursos por meio da transferência de créditos acumulados do Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para construção de usinas de biomassa e fotovoltaicas.
“As cooperativas paranaenses com investimentos enquadrados no Programa Paraná Competitivo, da Secretaria da Fazenda, poderão utilizar em 2022 até R$ 250 milhões em transferência de créditos acumulados para construção de usinas de biomassa e fotovoltaicas”, comenta Guilherme Aguiar, que irá palestrar sobre o assunto.
De acordo com ele, os créditos acumulados na ‘Conta Investimento’ da Fazenda poderão ser transferidos aos contribuintes credenciados no Sistema de Controle da Transferência e Utilização de Créditos Acumulados (Siscred) mediante contrapartida de promover o incremento de fontes de energia limpa e sustentável, fomentar a destinação correta de resíduos sólidos, bem como a geração de novos empregos, por meio da construção de usinas e das suas operacionalizações.
O congresso é promovido pela Sinergi Cooperativa, primeira cooperativa de energia solar do Paraná, juntamente com entidades parceiras e a Sociedade Rural de Maringá, organizadora da feira.
O objetivo é popularizar a atividade de geração compartilhada em todo o país, levando aos profissionais que atuam na micro e minigeração de energia elétrica o conhecimento necessário para que possam oferecer aos seus clientes a oportunidade de empreender no segmento de geração compartilhada de energia elétrica.
O evento visa debater todos os aspectos inerentes à atividade, pois o Brasil tem um grande potencial energético a ser explorado através da diversificação da sua matriz elétrica, como já ocorre em países europeus, onde existem mais de 1.300 cooperativas em operação nesse segmento.
O compartilhamento de energia elétrica tornou-se possível no Brasil por meio da resolução 482/2012, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que permite que as pessoas instalem geradores em seus imóveis e possam comercializar o excedente. É nesta parte que entra a atuação das cooperativas, fazendo a intermediação entre produtores e consumidores.
Em 2019, quando a Sinergi foi criada como a primeira cooperativa de geração compartilhada de energia solar do Paraná havia no Brasil seis cooperativas similares, atualmente já são 22. Somente a Sinergi atende atualmente 350 cooperados, por meio de 25 pequenas usinas geradoras de energia solar instaladas no Estado.
Mas o campo para o crescimento desse modelo de produção e consumo sustentável de energia é amplo e tem muito a crescer no país, segundo observa o presidente da Sinergi, João Garcia. Ele acredita que o 1º Congresso Brasileiro de Geração Compartilhada será de grande valor para contribuir com essa expansão.
As inscrições podem se feitas pelo site do congresso de geração compartilhada.