Dois pecuaristas, pioneiros na criação da raça, no Estado, uniram-se para realizar o Primeiro Leilão Sindi do Paraná. O evento integra a programação oficial da Expoingá 2022 e será realizado nesta quarta-feira, às 20 horas, no Recinto Ermelindo Bolfer, localizado no Parque Internacional de Exposições Francisco Feio Ribeiro.

Dos plantéis de Sindi Colorado 4F, do criador Paulo Ferro Filho; e Sindi Ouro Verde, de Leonel de Freitas, foram apartados 30 lotes. Os reprodutores e fêmeas com registros nas categorias PO, PC e PA seguem com todas as garantias sanitárias e reprodutivas. Também, haverá a venda de embriões.

De acordo com os organizadores, o remate é uma grande oportunidade para os pecuaristas do Estado adquirirem animais Sindi. Atualmente, por causa da definição de área livre de aftosa sem vacinação, há limitações para os investimentos, pois a partir de outros estados só entra material genético congelado.

“A pecuária paranaense demanda reprodutores e matrizes de qualidade para reprodução e produção de bezerros”, destaca Silvestre Marinho do Carmo, da Connect Leilões.

Na modalidade presencial, os animais vão desfilar na pista do Recinto de Leilões Ermelindo Bolfer. Na virtual, a transmissão será feita pelo aplicativo Connectplay e pelo canal do Youtube da Connect Leilões.

Docilidade e rendimento de carcaça

Originária do Paquistão, a Sindi se destaca pela dupla aptidão. Entre os zebuínos, é considerada a que produz mais leite. Os bezerros nascem menores, se comparado a outras raças, o que facilita o parto, mas registram um ganho de peso e crescimento acelerado.

É um gado é rústico e consegue se adaptar facilmente em condições negativas onde há falta de comida e água, pois tem capacidade de manutenção maior, além de ser resistente a parasitas.

No cruzamento industrial, o rendimento de carcaça chega a 59%, comprovado em abate técnico. O pecuarista Paulo Ferro Filho explica que o Sindi é semelhante ao Nelore, com o diferencial de ser um animal mais dócil, que facilita o manejo.