Segundo a Bíblia, Caim matou Abel por pura inveja. Caim acreditava que Deus se agradava mais de seu irmão e aceitava de bom grado todos os sacrifícios oferecidos e, por isso mesmo, Abel prosperava sempre! A Igreja Católica diz que não podemos nos ressentir com o bem dos outros e desejar o que a outra pessoa tem é pecado grave. Na lista católica, a inveja encabeça a lista dos pecados capitais. “Pois onde há inveja e ambição egoísta, aí há confusão e toda espécie de males”: Tiago 3:16.
Na doutrina espírita, a inveja é classificada como “um sentimento negativo intimo comparado a uma larva destruidora, sutilmente camuflada que leva o indivíduo a cometer atos nefastos”. Uma armadilha em potencial! Mesmo tendo ensinado que o amor ao próximo deve ser a bússola de orientação para a evolução humana, esse sentimento de baixa frequência vibracional, encontra muita ressonância entre nós. E não raro, os ensinamentos do Mestre ficam esquecidos em meio a tanta toxidade emocional. O invejoso, no entanto, mal percebe que o maior prejudicado é ele próprio.
Mas que tipo de sentimento é esse que destrói laços de amor, amizade, familiares, profissionais? Por que a grama do vizinho parece mais verde? Por que o outro é rico e eu não? Por que tudo dá certo para o meu melhor amigo eu fico patinando no seco? O que o outro tem que eu não tenho? Por que Fulano é sempre convidado para tudo e eu sou deixado de lado. Já experimentou esse sentimento ou já sentiu a inveja queimando nos ombros? Dá-lhe sal grosso!
A inveja é sempre um sentimento tóxico
Sabe aquelas pessoas competitivas, estraga –prazeres, que acham o que fazem sempre melhor e mais importante que tudo e todos? Aquelas que criticam exatamente tudo em você e sempre dão a boa notícia por último? Enaltecem de forma exagerada seus próprios feitos, não ouvem o que você fala e ainda desdenham do que você conquistou? Essas são boas dicas para identificar um invejoso que pode estar sugando sua energia. Bem aí, pertinho de você!
Esse sentimento interfere diretamente nos relacionamentos que nós construímos ao logo da vida e impacta tudo que vivenciamos em nosso meio. Sabe aquela pessoa que em vez de salivar destila veneno, ao ponto de nem as bactérias necessárias para o bom funcionamento organismo conseguirem sobreviver? Se existe alguém assim próximo de você, comece a prestar atenção.
Todos nós podemos encontrar em qualquer lugar pessoas com essa vibração. Elas envenenam os ambientes por meio de palavras e atitudes. Geralmente são doentes de alguma forma. Alguma coisa faltou durante o processo vivencial delas. Talvez suas necessidades de amor, validação, pertencimento, acolhimento e tantas outras necessidades importantes para a formação do caráter, segundo essa pessoa, não foram preenchidas como ela desejava. Podem existir mil outras razões.
Mas calma lá! Nem tudo está perdido. É bem verdade que a inveja está presente nos quatro cantos do mundo e em todas as esferas sociais. Existe aquele tipo de inveja que acaba se tornando um impulso. De repente, o vizinho, depois de andar de bicicleta durante anos, compra um carro novo. O “invejoso” mais próximo, neste caso, toma isso como um estimulo e começa a trabalhar para conseguir um carro também. E o sentimento que poderia se tornar patológico acabou servindo para algo positivo.
Como seres humanos, todo temos, seja com palavras ou ações, certa obrigação evolutiva de tentar compreender e ajudar o próximo. No entanto, existem situações tão graves que não podemos e nem conseguimos interferir. Neste caso, além de recomendar um bom profissional da área de psicologia, um bom tênis de corrida também pode ajudar.