magine uma forma de comunicação onde duas pessoas ouvem para entender e não para responder. Diálogos, mesmo os mais acirrados, terminam em compreensão mútua e solução do conflito sem que haja “mortos e feridos”. Isso não é utopia! Jesus Cristo foi um dos primeiros mestres dessa forma de comunicação e recomendava o não-julgamento para evitar que a guerra de palavras despertasse o ódio em vez da compaixão. Isso é comunicação não-violenta (CNV).
Dento desta abordagem mais compassiva de falar e ouvir, a proposta é diminuir a dificuldade de comunicação entre as pessoas e, por meio de uma escuta menos defensiva e julgadora a respeito do outro, expressar sentimentos e necessidades de forma mais clara e positiva. Apesar do assunto ter chegado por aqui mais recentemente, ele já é abordado há mais de 30 anos pelo psicólogo americano Marshall Rosenberg.
Durante algumas conversas familiares, principalmente aquelas que acontecem entre pais e filhos, o clima pode ficar pesado por se tratar de uma figura de autoridade tentando exercer seu papel de responsável na formação dos seres que colocou no mundo. A grande dificuldade pode surgir quando essa autoridade se torna maior do que capacidade de ser humano e enxergar que, bem ali, está outro ser humano. Independentemente de ser filho ou não.
Ao longo de sua experiência, Rosenberg observou que muito do sofrimento humano estava relacionado à forma como nós costumamos nos comunicar. Empresas, famílias, educadores, psicólogos, terapeutas e profissionais de várias outras áreas têm adotado cada vez mais essa forma de comunicação para potencializar a capacidade de gerir pessoas através de um jeito mais humano de comunicarem suas necessidades, sentimentos e emoções.
A CNV mostra que é possível minimizar e resolver conflitos profissionais e pessoais utilizando a linguagem do coração, da compassividade e do acolhimento ao outro que é ouvido. Ao mesmo tempo, ela muda a forma de nos relacionarmos intimamente conosco. A prática da CNV tem proporcionado a oportunidade de uma vida mais plena e feliz para aqueles que decidiram fazer dela uma ponte entre si e o mundo. Segundo Deepak Chopra a comunicação não-violenta conecta a alma das pessoas, promovendo sua regeneração e é isso que a torna muito poderosa.