A boa notícia é que os estudos científicos comprovam a efi cácia do Noni nesta terapia. E o melhor: as pesquisas conduzidas nos mais de 200 trabalhos publicados por pesquisadores de universidades de vários países apontam não haver efeitos colaterais causados pelo consumo do fruto.
Entusiasta dos estudos envolvendo a planta, a professora doutora Carmem Lúcia Rocha tem orientado um úmero crescente de alunos interessados em analisar, na pós-graduação, o comportamento do Noni nos organismos. São várias dissertações de mestrado e teses de doutorado surgidas nos dois últimos 15
anos, sob a sua orientação.
Doutora em Genética e Melhoramento de Plantas pela Universidade de São Paulo (USP), a pesquisadora Carmem orienta no Programa de Pós-Graduação em Biologia Comparada da UEM e coordena o Laboratório de Pesquisa de Genética Molecular e do Desenvolvimento. Trabalha há mais de 30 anos estudando o efeito medicinal de plantas e de cogumelos, entre eles o cogumelo do sol e o shiitake.
Mas, é com o Noni que a doutora Carmem tem descoberto mais evidências do potencial terapêutico. As pesquisas têm mostrado a presença de substâncias protetoras no fruto, capazes de matar células alteradas por conta do comportamento de multiplicação desordenada, como é o caso das células cancerosas.
Conforme os estudos, o Noni provoca uma morte seletiva das células doentes, por meio de um mecanismo natural chamado apoptose. Ele age induzindo as células tumorais à morte de forma programada. E preserva as células normais.
O fruto também tem ajudado as pessoas em tratamento contra o câncer. Um dos benefícios mais conhecidos tem sido abrandar a ânsia de vômito típica de quem se submete às sessões de Quimioterapia. O cultivo da planta no Brasil leito especialmente no Nordeste, devido ao clima quente.
Polpa misturada ao suco
Hoje, diversos comerciantes vendem a polpa do fruto, normalmente misturada ao suco de uva, para ficar mais fácil de tomar, devido ao sabor desagradável. A professora Carmem explica ser possível plantar Noni em qualquer lugar, mas às vezes é difícil manter o cultivo em regiões de temperaturas mais baixas. A planta não resiste ao frio, muito menos a uma geada. Segundo a pesquisadora, que adquiriu recentemente duas mudas para cultivar no horto medicinal da UEM, além de alguns estados nordestinos, existem plantações no interior de São Paulo e até em Maringá, embora de maneira mais tímida.
Dose recomendada
A planta produz o ano todo. Além do fruto, as folhas também podem ser utilizadas na forma de chá. Apenas a raiz é imprópria para o consumo porque nela existem compostos tóxicos já relatados pela literatura científica. A quem estiver interessado em comer o fruto, a professora recomenda que o Noni tenha a polpa retirada e congelada. Um cubo de polpa congelada é a dose medicinal recomendada por dia para ajudar no tratamento do câncer e do diabetes e deve ser misturada com uma vitamina ou suco de frutas, para disfarçar o sabor. Não existe quantidade máxima defi nida para a ingestão diária. Mesmo consumido em altas doses, o Noni não causa reações colaterais. Se for tomar como um preventivo de doenças e de envelhecimento, a dose recomendada é um copinho descartável de cafezinho (30 mL), por dia, do suco industrializado ou meio cubo de polpa congelada, uma vez por dia. Se estiver tratando câncer ou Diabetes, duas vezes por dia. Pessoas conhecidas da doutora Carmem têm tomado o suco da fruta fresco ou industrializado, com resultados muito bons, tanto em casos de câncer como de Diabetes, sempre como um complemento no tratamento com os métodos convencionais da medicina. Sem problemas de saúde, ela toma diariamente uma dose do suco industrializado do fruto, que já vem misturado ao suco de uva, para prevenir doenças como o câncer, Diabetes, além do envelhecimento.