Governo garante vacinar idosos com 3ª dose contra a Covid-19 ainda neste ano

Especialistas têm dúvidas se será necessário estender a dose adicional para outras faixas etárias e se haverá revacinação, ou seja, inclusão do imunizante no calendário vacinal

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Ao participar de uma audiência pública no início desta semana, o representante do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, Victor Porto, disse que a expectativa do governo federal é que até o fim do ano haverá vacinas suficientes para aplicar doses de reforço na população acima de 60 anos. Ainda segundo ele, pelo cronograma dos contratos já firmados pelo Ministério da Saúde a estimativa é receber um total de mais de 500 milhões de doses até dezembro. O encontro do qual Porto participou foi organizado pela Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados.

A comissão tem um grupo de trabalho que monitora a vacinação de idosos no Brasil. Segundo o representante do PNI, o volume de 500 milhões de doses seria suficiente para dar duas doses em toda a população com indicação de vacinação e a dose de reforço em toda a população idosa. Além disso, haverá um excedente de doses que poderá ser usado no futuro, se for necessário ainda estender essa orientação de dose adicional para outras faixas etárias. Ainda na audiência, os especialistas ressaltaram a importância da dose de reforço da vacina contra a Covid-19 para os idosos.

Eles destacaram, porém, que há dúvidas, na comunidade científica, se será necessário estender essa dose adicional para outras faixas etárias e se haverá uma revacinação, ou seja, se o imunizante contra o coronavírus vai integrar o calendário vacinal. Outra informação de Victor Porto é a Câmara Técnica Assessora de Imunizações discute se o intervalo de seis meses recomendado entre a segunda dose e a de reforço será mantido. De acordo com ele, a vacina da Pfizer está sendo a mais comum na dose adicional pela maior disponibilidade de doses e prevê que o reforço na imunização de idosos deve ser completado em breve. No entendimento da pneumologista Margareth Dalcomo, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), existem muitas razões para garantir a dose de reforço aos mais velhos, como o maior índice de complicações e mortalidade pela Covid-19 e uma proteção menor das vacinas nas pessoas com idade mais avançadas. Conforme a médica, o recomendado é que a dose de reforço seja de uma vacina diferente da primeira e segunda doses.

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