A Revolução Industrial iniciada no século XVIII, na Inglaterra, traduziu-se, num processo de modificações estruturais profundas na economia, na sociedade e na mentalidade do mundo ocidental ao longo do século XIX. As transformações tecnológicas e econômicas foram, porém, a imagem de marca da revolução industrial. Grandes descobertas técnicas, amparadas em novas fontes de energia, motivaram a passagem da manufatura à maquinofaturas (utilização de maquinas na atividade fabril). A palavra “indústria” passou a ser utilizada para designar o fabrico, em grande escala, oriundo do maquinismo e um país industrializado definiu-se pela percentagem de mão-de-obra e pela riqueza obtidas através do setor secundário de atividades. Obviamente, a Revolução Industrial não constou de uma única operação, tal como os diferentes países foram afetados em épocas e a ritmos também diferentes. Assim, de 1780 a 180-1850, distinguimos uma primeira Revolução Industrial, liderada pela Inglaterra: foi à revolução do carvão, do ferro, do algodão e da máquina a vapor, que determinou o desenvolvimento do Capitalismo Industrial sendo como fatores principais da Revolução Industrial ocorrida no século XVIII (primeira fase), e aponte as principais transformações ocorridas no período. Por volta de meados do século XIX, a revolução industrial está em expansão. É a segunda revolução industrial, do aço, do petróleo, do motor de explosão e da eletricidade, que se espalha pela Europa e atinge a América do Norte e o Japão, entre 1850 e 1914. O Capitalismo Financeiro atinge, então, um ponto alto. A Revolução Industrial aumentou extraordinariamente a produção, as populações passaram a ter acesso a bens industrializados e deslocaram-se para os centros urbanos em busca de trabalho. As fábricas passaram a concentrar centenas de trabalhadores, que vendiam a sua força de trabalho em troca de um salário, surgiu um rápido crescimento econômico, alterando completamente a maneira de viver das populações dos países que se industrializaram. As cidades atraíram os camponeses e artesãos, e estes se tornaram cada vez maiores e mais importantes.

Por volta de 1850, pela primeira vez em um grande país, havia mais pessoas vivendo em cidades do que no campo. Nas cidades, as pessoas mais pobres se aglomeravam em subúrbios em casas velhas e desconfortáveis. O século XIX ficou marcado como a era do progresso econômico-tecnológico e, também, da expansão colonialista, além das contínuas lutas e conquistas dos trabalhadores, a Revolução Industrial produziu uma acirrada disputa entre as potências, originando inúmeros conflitos e um crescente armamentismo que culminariam na Primeira Guerra Mundial, iniciada em 1914. No aspecto social, ocasionou disparidade entre o proletariado e os capitalistas. De acordo com o livro – História Contemporânea II, organizado pela professora Sandra C. A. Pelegrini da Universidade Estadual de Maringá – UEM (2012), ressalta que a literatura especializada afirma que a independência dos Estados Unidos da América em 1776 e as ideias publicadas no livro de Adam Smith (1993), “A Riqueza das Nações”- obra discutida no volume 10 dessa coleção – teriam inspirado a proposta do “Tratado de Eden” dado ao afinco dos britânicos no que diz respeito à busca de saídas que os beneficiassem. Tomado com um dos mentores da ciência e da economia política, Smith argumentava que “o Estado deveria intervir o mínimo possível sobre a economia”, de modo que as forças do mercado Pudessem agir livremente. Assim, o autor escocês defendia que a livre iniciativa, e no seu entendimento a própria dinâmica do sistema capitalista promoveria ajustes necessários ao progresso econômico ordenado favoravelmente aos empreendedores capitalistas e aos demais segmentos sociais. (PELEGRINI, 2012, p. 16). Nesse contexto Pelegrini (2012) ressalta que ao longo do tempo, o capitalismo industrial adquiriu outras conformações que marcaram o início de uma segunda Revolução Industrial: o acesso à energia elétrica, ao motor de combustão e ao telégrafo alteraram consideravelmente o seu raio de ação. As potências industriais passaram a competir entre si em função do acesso aos novos mercados por meio de uma mobilização denominada neocolonialista ou imperialista (PELEGRINI, 2012, p. 16). Podemos entender nesse contexto que até a segunda metade do século XVIII, a grande indústria inglesa era a tecelagem de lã. Mas a primeira a mecanizar-se foi a do algodão, feito com matéria-prima colonial (Estados Unidos, Índia e Brasil). Tecido leve ajustava-se aos mercados tropicais; 90% da produção iam para o exterior e isto representava metade de toda a exportação inglesa, portanto é possível perceber o papel determinante do mercado externo, principalmente colonial, na arrancada industrial da Inglaterra. As colônias contribuíam com matéria-prima, capitais e consumo. Contudo, a Revolução industrial foi um conjunto de mudanças tecnológicas, iniciada na Inglaterra em torno do século XVIII e tomou conta do mundo a partir do século XX, com um profundo impacto no processo de produção em nível de economia e nível social, sendo mais tarde um fator importante para as transformações futuras das nações.
Referências Bibliográficas:
IMAGEM Disponível em:< https:// www.infoescola.com/historia/revolucao-industrial/>. Acesso: 26 ago. 2022.
PELEGRINI, Sandra C. A. Organizadora. História Contemporânea II – Práticas Culturais e Urbanas (XIX-XX). História e Conhecimento – Maringá: Eduem, 2012.
SMITH, A. A riqueza das Nações. São Paulo: Nova Cultural, 1993.
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