Sete vezes campeão paranaense, campeão brasileiro da Série B, em 1992, participações internacionais e uma torcida que até mesmo vendo o time caindo pelas tabelas, enche estádios. Esse é o Paraná Clube, que se encontra sem divisão nacional, que subiu da segunda para a primeira divisão do estadual no ano passado, mas, caiu novamente e vai jogar a Série B do estado, em 2026.
Ídolo e craque do tricolor da Vila Capanema, o meia-atacante, Adoílson Costa, viu e viveu todo o processo de surgimento e as glórias logo no início dos anos 1990. Ele conta que está muito triste com a situação atual do Clube que se arrasta já há alguns anos. “Eu fui um dos primeiros jogadores a chegar. Vi a grandeza que era, a potência que era o Paraná Clube. Um mês de campeonato e já caiu para a segunda divisão. Fico muito chateado. Muitos tiveram a culpa disso, não souberam administrar certo. Tomara Deus que mude esse cenário e o Paraná possa se reestruturar e voltar a ser o time que era.”
Para Adoílson é necessário uma gestão nova e que saiba e goste de futebol, pessoas que amam a camisa paranista para comandar as categorias de base e profissional. “Só assim que o Paraná vai conseguir aos poucos voltar. Se isso acontecer, eu tenho certeza que o time consegue voltar na elite do Brasileiro e Paranaense que nunca devia ter caído. A gente torce para uma gestão que consiga ver o futebol de outra maneira e dar alegria para essa torcida.”
Rumores sobre fim
Adoílson acredita que o Clube não vai fechar as portas. “Paraná é gigante, time que teve uma tradição muito grande no começo da sua história.”
Torcida apaixonada
O ídolo e campeão com o Paraná Clube se diz mais triste ainda pela torcida, que não abandona o Clube e continua viva aguardando melhores dias. “É muita tristeza para ver uma torcida apaixonada dessa estar carregando esse fardo tão pesado”.
A disposição, mas com ressalvas
Adoílson disse que toparia ajudar o Paraná a se reerguer, no entanto algumas coisas precisariam mudar. “Quando eu parei de jogar, esperei alguns convites por aquilo que eu fiz e o que eu ajudei no Paraná. Ser reconhecido, dar uma chance para estar no meio. É um time que eu tenho um carinho muito grande, então a gente esperou e nunca foi lembrado por nada. Hoje, se for uma coisa diferente e nova eu até toparia fazer parte.”
Gestão forte e grupo financeiro bom são essenciais para que a mudança aconteça. É o que é indispensável para Adoílson. “Para fazer contratações em que você vai escolhendo. Jogadores que de repente encaixam. Essa é uma maneira e a outra é trabalhar bastante com o que tem. O Paraná Clube sempre teve uma base muito forte. Lúcio Flávio, Paulo Miranda, Juliano, Ricardinho, Thiago Neves. Agora a gente tem que pensar nisso, fazer um time forte e estar brigando entre os primeiros colocados e colocar uma base para ir colhendo resultados”.