Evolução da tecnologia nas olimpíadas
Nas atuais olimpíadas são cada vez mais decididas nos detalhes, a ponto de que os olhos humanos não conseguem captar com facilidade, acaba dando uma necessidade de relatar a pequena diferença precisão entre um atleta e outro.
As primeiras olimpíadas eram analisadas as posições através de fiscais, em Los Angeles 1932 foi a primeira olimpíadas que utilizaram cronômetros para averiguar as posições e tempos, em Londres 1948 foi adotado o photo finish, ainda assim demoravam 20 minutos para que o resultado pudesse ser computado, Os nadadores dependiam da velocidade dos dedos do juiz para apertar o botão e anotar seus tempos de prova. Em Cidade do México 1968 foi implantado na natação, que o próprio atleta passou a selar sua sorte, tocando um painel sensível na chegada.
Os Jogos de Tóquio vão contar com distância entre os corredores, será possível também saber a velocidade de cada um, o momento em que um acelera para a vitória e outro fica pelo caminho.
No vôlei de praia, terá como ver número de saltos, a altura de cada jogador em relação à areia, a velocidade dos ataques e até a distância que cada um percorre durante um jogo. “Acredito que dados sobre informações de velocidade, força, salto dos atletas, vai deixar o vôlei de praia mais espetacular” diz Emanuel.
Você vai acompanhar a imagem e sentir o que é ser o atleta, como ele consegue saltar um metro da areia, como consegue colocar uma velocidade no ataque de quase 90 km/h. “Com todas informações mais reais, instantâneas, vai ser gostoso assistir, ver dados. Vai entreter mais as pessoas que assistem ao vôlei de praia.” completa Emanuel.
Com as informações, “o atleta poderá estudar o adversário ao longo da competição e analisar em qual momento o jogador está saltando mais, se ele está tendo uma constância de saltos durante o jogo todo, qual o momento em que ele começa a cansar, porque você vai saber dada ataque e velocidade, bons times conseguem usar isso na hora certa. Momento em que aquele atleta cansa, aí jogar em cima daquele atleta.” diz o Emanuel, atleta que conquistou 1 ouro (2004), 1 prata (2012) e 1 bronze (2008).
Enquanto na natação a prova é disputada, serão mostradas informações como velocidade, distância percorrida e número de braçadas. “Com certeza a tecnologia é fundamental dentro das piscinas. Em Barcelona, levou 40 minutos para eu ter um resultado final porque as câmeras tiveram que fazer as filmagens ali. Eu bati a mão no placar e ele não funcionou. Depois de 40 minutos de sofrimento, veio a medalha” disse o Gustavo Borges, dono de quatro medalhas olímpicas, a tecnologia ajuda, que ressalva “Monitoramento e você ter em tempo real a posição do atleta, isso é muito interessante. Tecnologia vem sempre para ajudar, auxiliar, deixar mais divertido, inclusive as transmissões, para quem está assistindo de casa. Mas, na natação, você pode estar cabeça a cabeça, ou você pode estar um pouco à frente do seu adversário, mas o que resolve mesmo não é o que o monitoramento vai te dizer. É quem toca primeiro no placar eletrônico”.
Algumas novidades tecnológicas em ação em Tóquio
Pistola de largada eletrônica
O som viaja mais lentamente que a luz. Por isso, os atletas das raias mais distantes ouvem o som de largada mais tarde que os demais, beneficiando assim os atletas mais próximos. Em Tóquio, haverá uma pistola eletrônica conectada a alto-falantes, posicionados atrás de cada corredor. Ao se pressionar o gatilho, o som da pistola é gerado eletronicamente e um flash de luz é emitido, enquanto o pulso de largada é enviado ao cronômetro.
Sala de controle da cronometragem — Foto: Omega/Divulgação
Blocos de partida para atletismo
Foram também aprimorados com sensores integrados, que medem – 4.000 vezes por segundo – a força de cada atleta contra o apoio dos pés. O sistema de detecção envia as medições de força instantaneamente a um computador local, que verifica visualmente qualquer largada falsa. Pelas regras do atletismo, o tempo mínimo de reação é de 100 milissegundos (um décimo de segundo).
Câmera que grava até 10.000 imagens por segundo
A Scan’O’Vision MYRIA é a câmera de acabamento fotográfico mais avançada da história da Omega. Colocada nas linhas de chegada de sprints, corridas de obstáculos e outras corridas, é capaz de gravar até 10.000 imagens digitais por segundo, gerando fotos compostas que permitem aos juízes determinar a classificação oficial e os tempos de cada evento.