AMOR ALÉM DA VIDA

Foto 7 Salete e Joao Victor

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Há 16 anos atrás, Salete Sorai Climaco Kawamoto passou pela maior dor que uma mãe poderia passar. Seu único filho, João Victor Climaco que hoje estaria com 40 anos partiu para o mundo espiritual. João Victor sempre foi um filho exemplar. Excelente aluno, inteligente, prudente e responsável, foi aprovado em 4 vestibulares e formou-se na Universidade Federal de Florianópolis. Após a formatura, foi convidado para trabalhar em Horizontina.

Numa sexta-feira foi para uma festa na cidade de Santa Rosa. Cauteloso, decidiu dormir na casa de amigos para não voltar a noite pois era perigoso. No dia seguinte, ao dirigir de volta a Horizontina sofreu um terrível acidente. O sol ofuscou sua visão e ele bateu na traseira de um caminhão indo diretamente para UTI de Santa Rosa. Ali começava o pior pesadelo da vida de Salete. Uma única ligação mudou para sempre a vida dessa mãe.

“Conseguimos um vôo para Porto Alegre e de lá pegamos um carro e chegamos no final da tarde em Santa Rosa. Entrei na UTI e vi meu filho na cama, todo machucado. Cheguei a desmaiar e fui amparada pelo meu marido, Mário. Naquele instante, vi minha vida passar inteira na minha frente. Vi o João Victor sorrindo quando era bebê, vi o momento que ele me chamou de Mãe pela primeira vez, ouvi ele me pedindo para fazer bolo, lembrei do momento que ele contou que passou em 4 vestibulares. Em todas essas lembranças ele sempre aparecia sorrindo. Procurei me manter firme ao lado dele, porém ao sair da UTI desmoronei, parecia que meu mundo ia acabar, pois senti em meu coração que meu filho ia me deixar”, conta Salete.

Apesar de tudo, Salete nunca se revoltou com as leis divinas. Em suas orações ela sempre pedia a Deus que Ele fizesse o que fosse melhor para o seu filho. O maior medo de Salete aconteceu 7 dias depois. Seu filho João Victor partiu para o Mundo Espiritual.

“Quando o hospital informou que meu filho tinha falecido passou um turbilhão de coisas pela minha cabeça. Pensei nos inúmeros sonhos dele que eu não o veria realizar, nunca mais eu o ouviria me chamar de mãe, eu não ia ser avó, não ouviria mais seus conselhos e não veria mais seu sorriso me pedindo para fazer bolo. Naquele momento lembrei da nossa última conversa em Maringá quando me disse: ‘Mãe, o meu tempo aqui na terra é curto e quero que prometa que vai continuar sendo a mesma doidinha, rindo e falando besteira, ajudando quem precisa, pintando o cabelo, fazendo loucuras e sendo feliz. Promete, Mãe? Promete?’ Ele não sossegou enquanto eu não prometi e assim que o fiz, me beijou e saiu sorrindo. Desde então, venho mantendo a minha promessa e vivendo como ele me pediu. Não está sendo fácil, mas mãe quando promete algo para o filho, ela cumpre”, relata emocionada.

Para as mães que vivem o mesmo drama, Salete deixa uma mensagem:

“Que nossas lágrimas sejam de saudades, de respeito, de reconhecimento e de gratidão a Deus por ter permitido que desfrutássemos a prazerosa companhia de nossos filhos por algum tempo. Quando nossa mente e nosso coração sentirem aquele aperto de saudades, eleve seus pensamentos e sentimentos a Deus e entregue ao Mestre suas melhores vibrações. Ele se encarregará de encaminha-las aos nossos eternos amores, nossos eternos filhos”.

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