Oscar Nakasato, sucesso na Literatura

Neto de imigrantes japoneses, Oscar Nakasato, 57 anos, é parananense, mestre em Teoria da Literatura e Literatura Comparada, doutor em Literatura Brasileira pela Universidade Estadual Paulista. Atua como professor de Comunicação Linguística na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, campus de Apucarana. Autor e co-autor de inúmeras obras entre elas os romances “Nihonjin”, pelo Benvirá, editora Saraiva (2011) e “Dois”, pelo Tordesilhas, Editora Alaúde (2017).

Seu livro “Nihonjin” foi o vencedor do 1º Prêmio Benvirá de Literatura, do qual participaram 1.932 concorrentes de todo o Brasil com obras inéditas, em 2010; e vencedor do 54° edição do Prêmio Jabuti, na categoria romance, em 2012. Segundo o autor, o romance nasceu de uma frustração. Ao defender sua tese de doutorado em Literatura Brasileira em 2002, Nakasato ficou decepcionado com a falta de representatividade nikkei na nossa literatura e por isso decidiu escrever um romance sobre a imigração japonesa no Brasil, com personagens que indicassem a presença de japoneses e seus descendentes no país, mostrando sua cultura e seus conflitos identitários. Se você é descendente de japoneses, com certeza vai se identificar com o enredo muito parecido com as histórias que nossos avós nos contavam.

Em 2017, publicou o romance “Dois” cuja a maior parte da história se passe em Maringá. Nessa obra, o leitor da cidade reconhecerá o Colégio Dr. Gastão Vidigal, a feira do produtor ao lado do estádio Willie Davis, a avenida Mandacaru e outros lugares.

Como muitos descendentes, na adolescência Oscar teve problemas com a identidade nipo-brasileira. Hoje, aproveita ao máximo essa identidade híbrida e constata que possui uma grande afinidade com a cultura do Japão.

A mensagem que deixa para as próximas gerações é: “Dêem importância a sua ancestralidade. Precisamos saber de onde viemos para construir a nossa identidade. Ao mesmo tempo, é importante que os descendentes assumam a identidade brasileira e lutem por ela, porque, principalmente no plano simbólico, ela muitas vezes é negada. Afinal de contas, não somos japoneses, somos brasileiros. E orgulhosamente somos brasileiros com ascendência japonesa.”

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