Oshibana (“oshi” = prensar, empurrar e apertar e “bana”/hana = flor), é a arte de usar flores prensadas e outros materiais botânicos para criar uma imagem completa a partir desses elementos naturais. Esta folhagem, incluindo flores inteiras, pétalas, folhas e peças orgânicas variadas, são prensadas até ficarem secas e planas, usando uma variedade de métodos de prensagem. Esses elementos são então usados para “pintar” uma composição artística.
Os primeiros relatos sobre a Oshibana são datados de meados do século XVI, na Europa, quando botânicos trocavam correspondências com amostras de plantas medicinais desidratadas para fins científicos. No Japão, os guerreiros samurais teriam criado Oshibana como uma de suas disciplinas para promover a paciência, a harmonia com a natureza e o poder de concentração.
No século XIX, a rainha Vitória, da Inglaterra tornou-se uma apreciadora da arte e no século XX, a famosa princesa Grace Kelly, do Principado de Mônaco, no sul da França, também desenvolvia a técnica e se tornou divulgadora e entusiasta da arte.
A técnica pode ser aplicada em bijuterias, semijoias, velas, cartões, marcadores de páginas, porta-objetos, luminárias, como pode ser utilizada para eternizar buquês de noivas.
Oshibana no Brasil
No Brasil, a artista plástica Mirian Tatsumi, autora do livro “Oshibana Art Brasil”, é uma das grandes responsáveis por trazer e divulgar a arte Oshibana em diversos Estados brasileiros. Mirian é filha de japoneses, formada em Relações Públicas, e dedica-se à Oshibana desde 1996.
Após anos de pesquisas e estudos, Mirian aprimorou os recursos da técnica e suas telas retratam as belezas da natureza sem artifícios.
O Oshibana foi uma das oficinas do Costão Matsuri 2021, realizado no Costão do Santinho, em agosto. Paciência e dedicação são requisitos importantes para a realização do trabalho. Uma verdadeira terapia que nos permite tirar o foco da correria do dia a dia e nos concentrar na criação de pequeninas obras de arte através de elementos presentes na natureza.
