O Gueitebol é um esporte coletivo de taco, similar ao críquete, criado no Japão por Eiji Suzuki, em 1947, logo após a 2ª Guerra Mundial. O objetivo era propiciar às crianças uma brincadeira divertida, porém começou a ter uma grande aceitação entre os idosos. O esporte chegou ao Brasil em novembro de 1978 por intermédio de Matsumi Kuroki que conheceu as regras e técnicas durante uma visita ao Japão. Sua regra é simples e o desgaste físico moderado, sendo um excelente esporte para desenvolver o trabalho em equipe e o raciocínio para elaborar táticas.
Júlio Katsumi Hagio (61), Presidente da UCGB – União dos Clubes de Gueitebol do Brasil, pratica o esporte há 22 anos, quando levou o sogro e a sogra para os treinos com o intuito de incentivá-los a se movimentar. À medida que foi conhecendo as regras passou a se interessar pelo jogo e começou a praticar também. “Esse é um esporte que exige muita concentração e precisão. A equipe pode ser composta por homens e mulheres de todas as idades e isso permite que avô, pai, filho e neto joguem juntos”, explica. O filho de Hagio, hoje com 27 anos é considerado veterano, pois começou a jogar com apenas 5 anos.
No último Costão Matsuri que aconteceu de 15 a 19 de agosto no Costão do Santinho Resort foi realizado o Torneio de Gueitebol Costão Matsuri 2021. A equipe de Cruzeiro do Sul-PR sagrou-se campeã tendo como capitão, Sérgio Kunio Kadowaki e os atletas Elmo Kadowaki, Célia Kadowaki, Tieko Sakurada e Luiza Kadowaki. A vice-liderança ficou com o Ibirapuera 1-SP, cujo capitão foi Antonio Yamamoto e os jogadores Hiroko Yamamoto, Mitiko Nakamura, Mario Nakamura e Hiroshi Takahashi. E na terceira colocação veio a equipe Saga 1-SP liderada por Seiji Oga e os jogadores Minori Kodato, Sigeo Sakakibara, Toshie Sakakibara e Jorge Saito.
Em 1983, representantes do Gueitebol de São Paulo vieram a Maringá e introduziram o esporte no Wajunkai a fim de fazer com que os idosos ligados à entidade praticassem exercícios. Na ocasião, Takeshi Saguti, hoje com 81 anos, participou do evento para aprender as regras desse novo esporte. Hoje ele é presidente da Regional Paraná da UCGB. Dentre os maiores benefícios oferecidos pelo Gueitebol ele destaca o fato de pais e filhos poderem participar juntos, pois neste esporte a diferença de idade é irrelevante. Além disso, ele afirma que a prática fortalece os laços de amizade e possibilita a confraternização entre membros da comunidade. “O Gueitebol é um esporte muito saudável, pois é praticado ao ar livre, é acessível a todas as idades, principalmente para a terceira idade, sem distinção ou preconceito”, afirma. Aos poucos, depois do período de pandemia, a prática das atividades esportivas começa a voltar. Para quem quiser mais informações sobre o Gueitebol, basta procurar a secretaria da ACEMA – Associação Cultural e Esportiva de Maringá, situada na Av. Kakogawa, 50 ou entrar em contato pelo telefone (44) 3263-5433 / 3031-5433.
