O Poder das Crenças e o Desafio da Liberdade de Pensamento

Fanatismo e Fé

Em cada esquina de nossa existência, o espectro das crenças e ideologias molda a complexa tapeçaria da humanidade. Ao longo da história, presenciamos os capítulos mais sombrios quando entidades de poder político e religioso, firmemente embasadas em crenças que se mostraram falsas, perpetuaram terríveis atrocidades. O Holocausto, as guerras mundiais, as cruzadas, os genocídios étnicos e a Inquisição são apenas alguns exemplos.

Nosso mundo contemporâneo é dominado por um culto às celebridades, que acumulam seguidores nas redes sociais como Twitter, Instagram, TikTok e Facebook. Essa devoção é alimentada por uma programação histórica, religiosa, política, social e cultural que nos incentiva a aceitar sem questionar as verdades pré-concebidas, muitas vezes construídas sem provas ou evidências.

A raiz desse fanatismo é a palavra “fã”, uma abreviatura de fanático, que indica uma adoração cega por alguém ou algo. É uma tendência humana natural buscar verdades, mas essa busca se torna prejudicial quando aceitamos passivamente falsidades como verdades, ofendendo assim a verdadeira essência da honestidade. Felizmente, a ciência e o tempo têm o poder de revelar as verdadeiras verdades, pagando as dívidas da mentira.

Nossas crenças mais profundas estabelecem os limites que impomos a nós mesmos e aos outros. São essas limitações que nos cerceiam, como se estivéssemos envoltos em arame farpado ou confinados em camisas de força, impedindo que vislumbremos além de nosso horizonte pessoal. E quando esses limites são ultrapassados na direção de preconceitos, violências, ódios ou vinganças, frequentemente é um caminho de mão única com consequências devastadoras.

Aprender a pensar por nós mesmos é um ato de liberdade. Infelizmente, muitos preferem o conforto do imobilismo, permitindo que outros tomem as decisões por eles. Vivemos em uma sociedade que prioriza a aparência sobre a substância, onde as pessoas desejam vidas que não possuem, compram coisas das quais não precisam e restringem-se a existir, desperdiçando o precioso oxigênio necessário para aqueles que realmente trabalham duro para viver.

A dependência, seja ela de substâncias como álcool e cocaína, de crenças religiosas, de ideais políticos ou de fanatismo desportivo, é uma prisão. A dependência aprisiona a mente, limita o pensamento e sufoca a liberdade.

Não devemos permitir que a opressão de fanáticos e preconceituosos nos silencie. Precisamos utilizar a nossa voz para desafiar as injustiças, não permitindo que ideologias radicais triunfem sobre o nosso direito de pensar livremente. Afinal, haverá tempo suficiente para o silêncio quando já não mais existirmos.

Para concluir, quero enfatizar o valor de nosso tempo e energia. Algumas pessoas nos inspiram, provocando orgasmos mentais e emocionais que estimulam nosso crescimento pessoal. Infelizmente, outras apenas desperdiçam nosso tempo, drenando nossa paciência. Por isso, é fundamental aprender a discernir entre as duas e escolher sabiamente onde investir nosso precioso tempo.

Assim como aprendemos a engatinhar antes de aprender a andar e a correr, devemos aprender a pensar por nós mesmos antes de podermos voar além das gaiolas mentais que nos restringem. É um desafio, mas uma jornada que vale a pena ser empreendida. Afinal, a verdadeira liberdade reside em nossa capacidade de pensar de forma independente e crítica.

 

Adilson Costa

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