Amor que transforma

Logo que a Nina e os irmãos dela nasceram, atearam fogo na ninhada, mas o destino quis que ela sobrevivesse e pudesse escrever uma nova história

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Pelo coração da jornalista Elaine Guarnieri, já passaram pelo menos cinco cachorros: um Basset Hound, um Dachshund, um Vira-lata, um Cocker e um São Bernardo, mas hoje em dia, quem ocupa a casa e em enche a vida dela de alegria é a Nina, uma cachorrinha de aproximadamente dois anos e meio e pelos espetados que conquistou o coração da Elaine.
Entre a partida do último animalzinho, o Cocker, José, que viveu até os 16 anos, e a chegada da Nina, se passaram três anos. A dor da despedida fez com que os planos de ter novamente um bichinho fossem adiados, mas de repente a vontade falou mais alto e foi aí que as histórias das duas se cruzaram e aconteceu um encontro lindo.

Nina assim que chegou – arquivo pessoal

“Por meio de um amigo, que trabalha pela causa animal eu conheci o Projeto Vira Pet, e a única exigência que fiz era que eu queria um cachorro que tivesse os pelos bem espetados, era um sonho ter um animal assim”, diz. Quando recebeu a foto da Nina, Elaine conta que o coração pulou de felicidade e que ela caiu no choro. “Eu tinha encontrado o meu amor. Quando ela foi trazida para mim eu tive certeza de que era ela mesma, a cachorrinha enviada por Deus para a minha vida”, diz.
As primeiras semanas foram desafiadoras. Nina chegou muito medrosa, afinal, trouxe traumas em decorrência de maus tratos. “Me contaram que logo que ela nasceu colocaram fogo na ninhada. Se não me engano, só ela e mais um ou dois irmãos sobreviveram”, diz. No abrigo, a cachorrinha só comia depois que todos os outros animais se alimentavam, se sobrasse alguma coisa, ela comia, por isso, estava muito magra, frágil e doente.
“Ela chegou pesando 10,2 kg, hoje pesa 18 kg, além disso estava com anemia e com a doença do carrapato e tinha medo de tudo, sequer ousava a andar pelo apartamento, para passear eu tinha que descer com ela no colo”, lembra.

Nina adaptada e feliz – arquivo pessoal

Foi com muito amor, carinho e paciência que as coisas foram se ajeitando. Aos poucos a Nina foi se fortalecendo e se soltando. Hoje, nove meses após a adoção a convivência é puro amor.
“Ver ela se soltando, se sentindo pertencente ao apartamento, curtindo os carinhos, aconchegando a cabeça no meu colo, é uma das melhores coisas da vida. O carinho que ela me dá não tem preço. É sensacional. É por ela que caminho duas vezes, todos os dias. Às vezes estou no trabalho e sinto saudade dela, será que estou apaixonada?”, brinca.
Além da saúde recuperada e os quilos a mais, a mudança de vida dá para ver pelos olhos da Nina. Agora, no olhar ela carrega um brilho todo especial de quem é amada, cuidada e muito paparicada. “Ela é um anjo em forma de cachorrinha, ama passear, brincar com minhas meias, pegar bolinha e comer. Acho uma graça animais de raça, já tive alguns, mas o cachorro adotado, parece que tem algo especial. É como se eles viessem com uma dose a mais de amor”, se derrete.

Nina e Elaine – arquivo pessoal

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