Ame os gatos, mas lembre-se da toxoplasmose

Saiba como evitar a doença perigosa para grávidas e recém-nascidos

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Dra. Silvangela Wielewski Ginecologista e Obstetra CRM: 24560

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O convívio humano x animal data de milhares de anos, e hoje estão tão próximos que já os consideramos como um membro da família! Para que esse convívio seja sempre de muitas alegrias e longe de preocupações, precisamos nos atentar a algumas questões, como por exemplo, as doenças onde o nosso pet pode ser o transmissor e, a Toxoplasmose é uma delas. Doença causada por um protozoário chamado Toxoplasma gondii, que adquire especial relevância quando atinge a gestante, pelo elevado risco de acometimento fetal.
A via oral é a principal forma de contaminação do ser humano, podendo ocorrer por meio da ingesta alimentar, água contaminada com fezes de felinos (gatos), carne crua, assim como contato com solo e lixo também contaminados.

A infecção aguda é assintomática em 80-90 % das vezes. Quando apresenta sintomas, o quadro clínico é de febre, coriza, fadiga, cefaleia, mialgia. Em gestantes a doença pode se manifestar de forma mais generalizada e pode ser transmitida para o feto. Essa transmissão aumenta em proporção direta à idade gestacional. Já a chance de acometimento fetal é maior quanto mais precoce ocorre a infecção materna durante a gravidez. No recém-nascido, as sequelas mais graves envolvem microcefalia, convulsões, cegueira, surdez e retardo do desenvolvimento neuropsicomotor.

O diagnóstico da infecção materna é realizado através de exames sanguíneos, feitos durante o pré-natal; e a infecção fetal, pode ser detectada por exames de imagem como ultrassom morfológica e de métodos invasivos como amniocentese. Todas as suspeitas de infecção durante a gravidez devem ser acompanhadas em um pré-natal de alto risco. Existe tratamento medicamentoso para realizar nesses casos.

Devido à gravidade do exposto, o melhor a se fazer é prevenir: lavar as mãos antes e após manipular alimentos, lavar bem frutas, verduras e legumes, não ingerir carnes e ovos crus ou mal cozidos, consumir leites pasteurizados ou fervidos, usar luvas ao manipular a terra, evitar contato com fezes de gatos.

O único modo de saber se seu animal já teve contato com o parasita é por meio de exame sorológico. E como proteger seu pet da contaminação? Alimentando seu animalzinho com ração de qualidade e acompanhamento veterinário. Estes são os alertas e cuidados necessários para manter a sua saúde e de seu animal em dia, aproveitando todos os momentos de amor e carinho que só nós sabemos dar e receber!

Dra. Silvangela Wielewski
Ginecologista e Obstetra
CRM: 24560

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