Eu escolhi adotar – Elaine Guarnieri

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Há quem diga que um animal de estimação adotado tem sorte. Sorte temos nós, que adotamos esses bichos.
Cada um tem uma história, normalmente triste.
A da Nina é uma dessas.
Quando ela nasceu, na rua, em um terreno baldio, alguém colocou fogo nos cachorrinhos. Ela e mais dois sobreviveram.
É difícil pensar no que leva uma pessoa a um ato tão brutal. Na verdade tento nem pensar.
Cães, em minha opinião, são seres muito evoluídos.
Eu já tive vários cães: o Sheik (um vira latas, quando eu era criança), o Slow (um basset hound, meu primeiro cachorro na fase adulta), o Eddie Murphy (uma mistura de dushound com vira latas, adotado da rua), o Lord (vira latas adotado em um pet shop), o Elvis (um São Bernardo que se achava bebê), o Zé (um Cocker que havia se perdido – tentei encontrar os donos e eles nunca apareceram) e, agora, a Nina (essa fofura espetada).
Depois do Zé eu fiquei 3 anos sem ter cachorro. Aos poucos, meu coração foi me dizendo que estava na hora de, novamente, ter um.
Pesquisei sobre diversas raças, mas nenhuma parecia ser “a minha cara”. Lembrei, então, que sempre quis ter um cachorro espetado.
Mandei mensagem para o André Sanseverino e ele me indicou o Projeto Vira Pet.
O contato foi por mensagens porque eu sabia que, se eu fosse a um abrigo, teria sérios problemas. Iria querer levar todos os animais (detalhe: moro em apartamento) e isso não daria certo.
Minha única exigência: que fosse espetado.
Quando recebi a foto da Nina comecei a chorar – e estava no meu trabalho (todo mundo me perguntando o que tinha acontecido. Eu respondia: encontrei meu novo amor).
A Nina foi levada para mim em um sábado. Assim que a Vanícia Gimenez (do projeto Vira Pet) abriu a porta do carro e me mostrou aquele serzinho tremendo de medo, desabei a chorar. Com cuidado consegui tirar ela do carro e levar para o apartamento – no colo. Ela nunca havia andado em uma guia. Desde que foi resgatada morava no abrigo. Só comia se sobrasse algo para ela. Morria de medo de tudo.
Em meu apartamento já tinha caminha, bebedouro, comedouro, ração e roupinha esperando por ela.
Devagarinho e, com muito amor, ela foi se soltando. Era pura pele e osso. Estava com anemia e a doença do carrapato. Depois ainda teve giardíase, infecção urinária, incontinência… Tantos cuidados fizeram a gente ficar cada vez mais próximas.
Eu e Nina estamos juntas há um ano. Ela tem, aproximadamente, 2 anos e meio. É alegre, sapeca, saudável, faz arte. É o meu amor.
É por ela que caminho duas vezes por dia, todos os dias (às vezes até mesmo quando está chovendo).
Ela é o Amor em forma de cachorrinha.
Sou muito grata a DEUS por ter nos unido. E também grata a todos que fizeram e fazem parte de nossas vidas.
No que depender de mim, Nina nunca mais vai sofrer na vida.
Porque aqui só tem Amor para ela.

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