Momento deve ser de união contra exageros das sanções da União O Conselho

Nacional do Café (CNC) continua atento aos trâmites referentes às sanções da União

Europeia a produtos provenientes de áreas desmatadas. Segundo informações, o Parlamento Europeu e os Estados-membros da União Europeia (EU) chegaram, na madrugada de terça-feira (6), a um acordo para proibir a importação para o território do bloco de produtos que contribuem para o desmatamento. A proibição atinge seis produtos (soja, carne bovina, óleo de palma, madeira, cacau, café) e seus derivados, produzidos em áreas desmatadas após 31 de dezembro de 2020.

Com relação à cafeicultura, o presidente do CNC, Silas Brasileiro, explica que a preocupação com desmatamento, principalmente no Cerrado – que não foi incluído no texto – é desnecessária. “Reiteramos que a cafeicultura não promove desmatamento. Muito pelo contrário. Nos últimos anos avançamos substancialmente na produção sustentável. O café hoje, regenera áreas, cuida das nascentes, recupera mananciais e preserva as matas ciliares. Portanto, a preocupação com desmatamento do Cerrado e de outros biomas, no caso da cafeicultura, é desnecessária”.

O que muda para o produtor

“Basicamente, para o cafeicultor não muda nada. Continuaremos produzindo os melhores cafés do mundo, os maiores volumes e de forma mais sustentável. Não nos parece factível que haja área cafeeira alguma no Brasil sendo explorada com desmatamento nos dias atuais. A cafeicultura não desmata para cultivar novas áreas, o que procede é a renovação do parque cafeeiro de forma gradativa. Queremos tranquilizar os produtores”, enfatiza Silas Brasileiro.

No entanto, o presidente do CNC, reitera que a entidade continuará acompanhando os desdobramentos da ação europeia e julga ser importante as demais instituições fazerem o mesmo. Desde o início do trâmite do projeto, o Conselho Nacional do Café mobiliou técnicos e parceiros para acompanhar de perto os passos da sanção proposta. “Como dissemos desde o primeiro dia, é hora de unir forças e lutar para que o embargo não seja mais político/econômico do que ambiental. O Brasil é o país com a mais rígida lei, imposta através do Código Ambiental. Sugerimos que a iniciativa privada e o poder público devem se unir para combater qualquer exagero das sanções impostas”, finalizou Silas Brasileiro.

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