Nascido em Munhoz de Melo, João Santana aprendeu a arte da comercialização antes de montar uma pequena indústria de barbantes em Cianorte, que cresceu, hoje é referência no setor para o Brasil e o fez ficar conhecido como João do Barbante
Luiz de Carvalho
Considerado como um dos maiores defensores do artesanato no Paraná e talvez no Brasil, o industrial João de Deus Santana, o João do Barbante, assinou filiação no Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), mas não confirma se será candidato nas eleições deste ano, possivelmente para evitar que o assunto seja entendido como campanha antecipada.
Muito antes de pensar em política e mesmo de se filiar a alguma agremiação partidária, João do Barbante já promovia cursos de artesanato em muitos municípios paranaenses e até de outros Estados, sendo que todo o material para a prática do artesanato era doado por sua empresa, a Barbantes Cianorte, hoje considerada uma das maiores fabricantes de barbantes do Brasil.
Em Maringá, por exemplo, todos os cursos de crochê promovidos pela prefeitura nos últimos anos tiveram a parceria da empresa de João do Barbante.
“Sou um defensor do artesanato, porque esta é uma atividade que gera renda para muitas famílias, é um trabalho que mulheres e homens, jovens e idosos podem fazer em casa, administrando o tempo e horários para trabalhar”, diz João Santana. “Além disso, artesanato é cientificamente comprovado uma das melhores terapias, melhora a concentração, previne o envelhemento do cérebro e ajuda a evitar muitos males, inclusive a depressão”.
Segundo o empresário, neste período de pandemia do novo coronavírus, o artesanato certamente foi uma atividade que ajudou muita gente a evitar a melancolia e situações depressivas e ainda a ganhar algum dinheiro sem precisar sair de casa.
“Independentemente de política, independentemente de eu ser candidato ou não, ser eleito ou não, continuo tendo o artesanato como bandeira. No Congresso Nacional não têm os defensores de diferentes setores? Tem lá os que têm a agricultura como bandeira, tem os da Educação, os dos sindicatos, os dos Apaes, da mobilidade, gente defende os recursos naturais, a acessibilidade para quem tem alguma deficiência. Eu defendo o artesanato, sempre defendi, sempre defenderei, com cargo ou sem cargo”.
300 itens
com cores e espessuras diversas são produzidos pela empresa de João Santana em Cianorte, em cones que vão de 700 gramas a 11 quilos