Cinco sortudos acertaram as seis dezenas da Mega da Virada 2023 e cada um fatura R$ 117,7 milhões

Mega da Virada 2023

O sorteio alcançou alto índice de audiências em várias redes de TV e internet Foto: Reprodução

Cinco apostas vão dividir o prêmio de R$ 588.891.021 da Mega da Virada (Mega-Sena 2670) sorteado na noite deste domingo, 31, pela Caixa Econômica Federal. Cada uma das apostas ganhadoras fatura um prêmio de R$ 117.778.204,25.

Os novos milionários são de Salvador (BA), Bom Despacho (MG), Redenção (PA), Ipirá (SC) e uma aposta foi feita por canal eletrônica e a Caixa ainda não divulgou de que cidade ela é.

O sorteio foi transmitido ao vivo por redes de televisão e sites de notícias, alcançando uma das maiores audiências.

Veja as dezenas sorteadas

21   24   33   41   48   56

Também os apostadores que acertaram cinco dezenas faturam um prêmio considerável para começar o novo ano: R$ 70.083,58. Foram 1996 acedrtadores da quina.

Com quatro acertos foram 164.379 apostas e cada uma fatura R$ 1.215,71

 

Para quem ganhar o prêmio, depois da comemoração começa a preocupação: o que fazer com tanto dinheiro? Foto: Envato

Mega da Virada 2023: quanto rende o prêmio na renda fixa?

 

BEATRIZ ROCHA/e-Investidor-Estadão

 

A Mega da Virada 2023 sorteou um prêmio superior aos R$ 570 milhões (R$ 588,8 milhões) previstos inicialmente neste domingo (31). É o maior da história do concurso especial da Caixa Econômica Federal. Quem levou a bolada para casa, agora pode escolher alternativas de investimento para ver o dinheiro render ao longo do ano.

Uma das aplicações mais populares do País é a poupança. De acordo com a 6ª edição do Raio-X do Investidor, da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), 26% dos brasileiros aplicaram na caderneta em 2022. Com R$ 570 milhões investidos na modalidade, o retorno mensal seria de aproximadamente R$ 2.849.648,74.

O cálculo da poupança leva em conta a Selic, atualmente em 11,75% ao ano. Quando a taxa básica de juros está acima de 8,5% ao ano, como ocorre agora, a rentabilidade é de 0,5% ao mês (6,17% ao ano) mais o pagamento da Taxa Referencial (TR), definida pelo Banco Central. Por outro lado, se a Selic ficar igual ou abaixo de 8,5% ao ano, a rentabilidade passará a corresponder a 70% da Selic mais a TR.

No entanto, mesmo sendo popular entre os brasileiros, a poupança está longe de ser a opção mais rentável do mercado. Mesmo um investidor com perfil conservador pode explorar outras possibilidades de aplicações que oferecem uma rentabilidade maior que a da caderneta e também garantem segurança.

Uma das alternativas é investir em um Certificado de Depósito Bancário (CDB), título emitido por uma instituição financeira, que funciona como se fosse um empréstimo ao banco. Os papéis estão na lista de investimentos que contam com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Dessa forma, se houver inadimplência do emissor dos títulos, o investidor é ressarcido com até R$ 250 mil por CPF por instituição financeira.

Segundo o time de análise da Money Wise Research, um CDB pós-fixado que remunera 100% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) está entregando um retorno bruto de R$ 5.244.000 ao mês (84% maior que a poupança atual). Vale lembrar que os juros de uma rentabilidade pós-fixada acompanham uma taxa ou índice do mercado, diferentemente das opções prefixadas, em que a rentabilidade é definida previamente e os juros não mudam até o vencimento da aplicação.

Para um perfil moderado, o time da Money Wise Research sugere ao investidor analisar uma posição em títulos prefixados. Considerando uma simulação, o Tesouro Prefixado 2026 pode render 0,77% ao mês. Contudo, é possível ter uma rentabilidade ainda maior devido à marcação a mercado do título, que  indica o quanto o investidor pode receber caso decida resgatar um investimento antes do vencimento.

A título de exemplo, uma pessoa que comprou o Tesouro Prefixado 2026 em janeiro deste ano, contratou uma taxa de 12,81%, no entanto, com a marcação a mercado, teve uma rentabilidade de aproximadamente 19%, conforme levantamento da Money Wise Research.

No entanto, quando se trata de renda fixa, vale um outro cuidado: aplicações como os títulos do Tesouro Direto e os CDBs seguem uma tabela regressiva de Imposto de Renda (IR), com alíquotas que diminuem conforme o prazo de investimento. A taxa mais alta aplicada é de 22,5%, para aplicações mantidas por até seis meses. A menor, de 15%, vale para investimentos mantidos por mais de 720 dias.

Veja na tabela abaixo:

Prazo da aplicação Alíquota
Até 180 dias 22,50%
De 181 a 360 dias 20%
De 361 a 720 dias 17,50%
Mais de 720 dias 15%

 

Diversificação

Em meio à expectativa por um ciclo de afrouxamento monetário, Cleide Rodrigues, analista chefe da Money Wise Research, recomenda ainda a diversificação da carteira, com opções para além da renda fixa. “Além de ativos que geram rendimentos, é preciso pensar em aplicações que consigam multiplicar o seu patrimônio. Investir na Bolsa de Valores, por exemplo, oferece a oportunidade de valorização significativa de suas ações ao longo do tempo”, destaca.

Para 2024, muitas corretoras apresentam uma visão positiva para o Ibovespa, a principal referência da B3. Entre os fatores de destaque, estão no radar dos investidores a possibilidade de fim do ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos e início da queda de juros na maior economia do mundo, além da continuidade da redução da Selic no Brasil.

Em 2023, segundo dados levantados por Einar Rivero, da Elos Ayta Consultoria, o Ibovespa alcançou a sua maior alta anual desde 2019, fechando o ano com uma valorização de 22,28%.

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