A eficácia da informação que um velho e bom jornal impresso traz consigo remete a confiança, transparência e credibilidade de uma notícia, transmitindo para a sociedade a comunicação, valores, crenças e hábitos, além de um cenário explicativo de uma reportagem. Com isso, é possível avistar os sentidos e os conceitos de uma cultura.
A inserção do jornal impresso em sala de aula é capaz de inserir os alunos na vivência e reflexão da atualidade, tornando-os seres ativos e participativos da realidade social. No Colégio Estadual Dirce de Aguiar Maia, não é diferente. A professora de língua portuguesa Virginia Nuss realizou uma atividade escrita com os alunos do 8ºC com base na edição 21 do jornal O Maringá. Ela revela que sentia falta de um jornal impresso local. “Conheci O Maringá pelo meu marido. Ele me comunicou que a cidade estava com um jornal impresso novo, aí ele me mandou um PDF que vinha com os cadernos, as sessões dos classificados”, diz.
Foi a partir daí que Virginia começou apresentar a estrutura de um jornal para os alunos, desde os cadernos, chamadas de capa. Segundo ela, conforme as propostas que vem do currículo obrigatório, existe a carta do leitor. “Pensei de trabalhar a carta do leitor de uma forma significativa, não sendo apenas uma construção hipotética.”
A professora relembra que no começo da explicação do conteúdo não havia avisado que iria enviar as cartas do leitor para o e-mail do jornal. “Na hora da produção pedi para caprichar porque iria enviar. Então, fizemos a primeira escrita. Para selecionar a notícia, também pedi para eles escolherem, para poderem ter a liberdade e autonomia de escrita”, afirma.
O diretor do Colégio Estadual Dirce de Aguiar Maia, Herivelto Soares da Costa, ficou surpreso com a desenvoltura da turma na atividade. “Parabenizei a professora pela iniciativa e também a criatividade dos alunos que desenvolveram várias habilidades e competências. Admirei muito o resultado, porque mesmo em tempos de ensino remoto, a professora e os alunos demonstraram que é possível fazer algo importante, adquirindo conhecimento online.”
Segundo ele, quanto mais as pessoas lerem, sejam livros, revistas, jornais, material da internet, mais é desenvolvido o vocabulário próprio, existindo a tendência para escrever bem. “As pessoas que não leem, ficam sem palavras para dizer”, explica.
Gabriella Barbosa Souza, 13, é evangélica e tem o hábito de ler a bíblia, além das notícias na internet. O assunto que ela mais gosta de acompanhar é sobre esporte. Para ela, a leitura é importante para aprender novas palavras.
Karoliny Alves dos Santos, 12, gosta de ler sobre o mundo dos famosos. A parte que mais chama a atenção dela na leitura é a moral da história, pois tem facilidade de perceber a mensagem transmitida. “Eu levo várias coisas para a minha vida”, diz.
Guilherme Eathan, 14, tem o incentivo da leitura pelo pai. “Ele sempre compra livros. Eu acho muito massa como é um livro e como ele te insere na trama.”
Mayumi da Vera Cruz Nunes, 14, tem o estímulo da leitura pela mãe. “Ela fala para eu ler para eu saber como me expressar. Gosto de ler porque me traz conhecimento e inteligência.”