A prática dos “zoológicos humanos”, onde pessoas de várias culturas eram exibidas como animais, é um capítulo sombrio na história mundial. Esta prática foi comum no século XIX e início do século XX em diversos países ocidentais, incluindo a Noruega.
Um exemplo notável ocorreu em Oslo, em 1914, durante a Feira Mundial da Noruega, onde foi montada uma “Vila do Congo”. Este exibido incluía 80 pessoas de origem africana, principalmente senegaleses, que eram exibidas em cabanas com telhado de palmeira, realizando atividades diárias para os espectadores. O objetivo da exibição era retratá-los como “primitivos” e “não civilizados”, reforçando as atitudes coloniais da época (Atlanta Black Star).
Esses eventos pretendiam justificar a colonização ao retratar os povos não ocidentais como inferiores e entreter o público ao mostrar os supostos estilos de vida “exóticos” desses indivíduos (TalkAfricana).
Em 2014, como parte das comemorações do bicentenário da constituição da Noruega, houve uma proposta controversa para recriar essa exposição. O projeto tinha como objetivo provocar discussões sobre colonialismo e racismo, mas enfrentou críticas significativas por potencialmente perpetuar estereótipos racistas, em vez de fomentar um diálogo significativo (Atlanta Black Star).
Esta história destaca o impacto duradouro do colonialismo e a importância de reconhecer e abordar as injustiças do passado.