2ª noite do Femucic 2024 teve diversidade sonora com artistas de São Paulo e Paraná

Laís Gomes e João Vasconcelos (Crédito: Cristiano Martinez)

A segunda noite da 45ª edição do Femucic ocorreu nesta quinta-feira, 19 de setembro, no Teatro do Sesc Maringá.

O público vibrou com a mostra musical dos artistas selecionados por edital.

O evento oferece um panorama abrangente da música brasileira, reunindo intérpretes de várias regiões do país, que trazem canções, músicas instrumentais e tradições orais.

A mostra conta com a apresentação de 23 obras autorais, selecionadas por edital, interpretadas por músicos de cinco estados: Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Paraíba. No total, 1.000 músicas foram inscritas nesta edição. As apresentações começam às 20h, no Teatro do Sesc Maringá.

A dupla Casimiro e Fabrício Martins (de Londrina) abriu a quinta-feira com as canções “Faz o que cê pode” e “Respira fundo”

Casimiro é um cantor e compositor paranaense com fortes referências na história da MPB. Seu som é jovem e explora ritmos brasileiros, utilizando os recursos da fala popular como instrumento percussivo. Premiado como melhor intérprete e pela melhor música em diversos festivais pelo Brasil, Casimiro está em seu segundo disco e já se apresentou no Norte, Nordeste, Sudeste e Sul do país.

Fabrício Martins é graduado em Licenciatura em Música pela Universidade Estadual de Londrina e especialista em Arranjo Musical. Desde então, tem enfrentado o desafio de ser um tecladista que atua ao vivo, acompanhando cantores, e, ao mesmo tempo, um pianista que grava e se autoproduz.

Crédito: Cristiano Martinez

Trio
O Trio Macaxeira (de Campinas-SP) fez o segundo show desta quinta-feira com as canções “Sambhava” e “Esporada”.

É um grupo de música instrumental composto por Eduardo Pereira (bandolim de 10 cordas), Maurício Guil (violão de 7 cordas) e Fernando Junqueira (bateria). A formação instrumental não usual do trio resulta de uma mistura de elementos que dialogam com tradições heterogêneas da música instrumental. O bandolim e o violão de 7 cordas são instrumentos ligados ao choro, enquanto a bateria é um instrumento que surgiu inicialmente no contexto do jazz nos Estados Unidos.

A música do Trio Macaxeira carrega, assim, uma característica híbrida, transitando entre a fundação da música brasileira e suas influências externas mais contemporâneas.

Crédito: Cristiano Martinez

Duo
Laís Gomes e João Vasconcelos (de São Paulo-SP) fizeram o terceiro show desta quinta-feira com as canções “Salpicando” e “Pra não falar”.

Laís Gomes é cantora, professora de canto, letrista e compositora de Teresina (PI). Em 2020, venceu o concurso “Francis Hime quer conhecer novos letristas”, tornando-se parceira desse consagrado compositor. João Vasconcelos é violonista, professor de violão e compositor de São Paulo (SP), formado em violão erudito pela EMESP-Tom Jobim. Laís e João compõem juntos desde 2017. Em 2019, lançaram o disco autoral “Tripas Coração”.

O duo explora diferentes gêneros em suas canções, que vão de ritmos como baião e salsa a composições mais lentas e contemplativas.

Crédito: Cristiano Martinez

Maringá
Representando Maringá, o Maraka Trio foi a quarta atração desta quinta-feira com as músicas “Pé torto” e “Pulo do gato”.

Formado em 2019 por Rafael Marinho (violão 7 cordas), Andro Gustavo (pandeiro) e Isaías Alves (saxofone), o Maraka Trio explora a pluralidade da Música Popular Brasileira, valorizando as diversas influências regionais que compõem a identidade cultural do país. O trio nasceu com o intuito de pesquisar, analisar e apresentar ao grande público a obra de grandes compositores e instrumentistas nacionais, como Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Altamiro Carrilho, Sivuca, Dominguinhos, entre outros.

Em 2022, o Maraka Trio lançou o álbum “Imune” em importantes festivais, como o 1º Festival Roda de Choro Itinerante (Maringá-PR), 20º Festival de Música de Ourinhos (Ourinhos-SP), 10º Festival Choro da Casa (SESC Ribeirão Preto-SP) e o 19º Festival Internacional de Choro de Paris.

Crédito: Cristiano Martinez

Encerramento
Fechando em alto estilo a quinta-feira, Júlia Klüber (Curitiba-PR) com as músicas “Meu som” e “Ninguém precisa”. Ela estava acompanhada de Rebeca Friedmann (violoncelo) e Dani Dalessa (bateria).

Klüber é travesti, cantora, compositora e pianista, radicada em Curitiba. Apesar de sua formação na música de concerto e longa experiência com o piano clássico, suas canções carregam, além desse universo, referências de rock alternativo, do cenário grunge dos anos 90, sertanejo, música brasileira e pop. Ela tem dois EPs lançados e, por meio de um financiamento coletivo, lançou em 2022 o single “Ninguém Precisa”, seguido de seu primeiro álbum, “Pra Duvidar”.

Crédito: Cristiano Martinez

A seguir, mais registros da noite de quinta-feira (fotos: Cristiano Martinez):

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