A 44ª Semana Literária e Feira do Livro Sesc PR, maior evento do gênero no Estado, começa nesta quarta-feira, 13 agosto, com atividades simultâneas em 27 cidades paranaenses. Tudo com entrada gratuita.

Sob o tema “Cidades Literárias”, o evento em 2025 homenageará o escritor paranaense Dalton Trevisan (1925-2024), um dos principais nomes da moderna literatura brasileira.

Em Maringá, a unidade do Sesc (Av. Duque de Caxias, 1.517 – Zona 7) terá bate-papo, lançamento de livros, feira, oficinas, contação de histórias, cinema, teatro… além de grandes nomes da literatura contemporânea: Angélica Freitas, César Obeid, Eliane Marques, Itamar Vieira Júnior, Jeferson Tenório, Olívio Jekupé e Sérgio Vaz.

Cada ação tem a sua dinâmica, mas de maneira geral funciona assim: em contações de histórias, bate-papos, palestras e espetáculos teatrais os ingressos são entregues 1 hora antes; em oficinas, é necessário se inscrever antecipadamente. As inscrições já estão abertas através do e-mail nayane.schamberlain@sescpr.com.br

Primeiro dia no Sesc Maringá
Na quarta-feira, 13, primeiro dia, Maringá tem as seguintes atrações:

Apresentação de Contação de histórias com Cia Tricotando Palavras, no teatro do Sesc Maringá, 9h e 14h. Classificação: livre
O público é convidado a se encantar com contos, causos e lendas que atravessaram gerações. São histórias do nosso rico folclore, carregadas de sabedoria popular, que ganharam vida de boca em boca e foram reunidas por folcloristas para que não se perdessem no tempo.

Bate-papo com o escritor Cesar Obeid, no CineSesc, 9h – Vagas Esgotadas. Classificação: 10 anos
Em um momento literário envolvente, o escritor César Obeid convida o público a uma jornada única pelo universo da literatura e da poesia. Com mais de 25 anos de experiência, Obeid encanta crianças e jovens com suas histórias poéticas e poemas narrados. Neste encontro com o escritor, os espectadores são transportados para um mundo onde as palavras ganham vida, onde histórias se entrelaçam com poemas, e onde a imaginação é livre para voar. Com um repertório cuidadosamente selecionado, que inclui desde os enredos mais divertidos até os poemas mais marcantes, Obeid cativa a audiência com sua habilidade única de contar histórias.

César Obeid é escritor, palestrante, contador de histórias e poeta. Com mais de 25 anos de experiência como palestrante e comunicador na área das artes, é conhecido pela capacidade de interação com o público e bom humor em suas apresentações. Autor de mais de 45 livros para jovens e crianças. Viaja o país todo para falar sobre literatura, leitura, poesia e escrita criativa, suas paixões. A trajetória de César Obeid é um testemunho do poder das palavras e do impacto duradouro que um apaixonado contador de histórias pode ter na cultura literária e na busca pelo conhecimento.

Sessão de “Anacleto, o balão” (dir. de Carol Sakura Walkir Fernandes), no CineSesc, 12h30. Classificação: livre
Alguns balões são bem coloridos. Alguns participam de festas e cantam parabéns. Alguns balões trabalham com palhaços. Outros esvaziam e encolhem. O balão Anacleto gosta de dar sustos. Anacleto é mais que um nome para um balão vermelho. É sim um objeto voador avistado num dia ensolarado. Ele é um espelho, uma sombra, um sonho e algumas rimas musicais. É os muitos sons, silêncios sombrios e também um bocado de saudade. Vale a pena seguir os passos desse menino e descobrir quem é Anacleto, o balão.

Oficina: A arte de contar histórias, com Cia Tricotando Palavras, 15h – Vagas Esgotadas
Ministrada pelo grupo Tricotando Palavras, explora o poder transformador da narração oral, mostrando que todos nós carregamos histórias únicas e temos a capacidade de compartilhá-las com o mundo. Além disso, serão realizadas algumas práticas para enriquecer o ato de narrar histórias, tornando esse momento mais envolvente e significativo.

Oficina: Uma fita amarela para Dalton Trevisan, com Mariana Vieira Sarache, 16h. Classificação: 16 anos
Propõe uma vivência leve e criativa em que vamos homenagear esse grande escritor paranaense, ouvir a canção Fita Amarela, conhecer mais sobre sua obra e criar juntos microcontos e poesias autorais.

A condução será de Mariana Vieira Sarache, doutora em Educação, escritora de poesias e idealizadora do Projeto Nossa Ciranda — premiado em 1° lugar no Prêmio Aniceto Matti em Maringá — que propõe a escrita como forma de conexão com as emoções. Com essa experiência, Mariana oferece uma tarde produtiva em torno da literatura e memória, valorizando um autor centenário que tanto deixou obras para se conhecer e lembrar.

Sessão de “A hora da estrela” (dir. Suzana Amaral), no CineSesc, 18h. Classificação: 14 anos
Macabéa é uma jovem feia e órfã solta no mundo aos 19 anos. Analfabeta, ingênua e virgem, vem do Nordeste tentar a vida em São Paulo. O filme mostra a estória do encontro patético deste ser humano com as artimanhas da cidade grande. Dirigido por Suzana Amaral, o roteiro é uma adaptação do romance homônimo de Clarice Lispector.

Bate-papo: Poesia e o exercício da liberdade, com Angélica Freitas e Sérgio Vaz, no Teatro do Sesc, às 19h30. Mediação: Estela Lacerda. Classificação: 12 anos.
Nesta mesa teremos duas vozes da poesia contemporânea, na qual será discutida a subjetividade da literatura poética e sua relevância no campo político, cultural e transformador da sociedade.

Angélica Freitas é gaúcha. Antes de embarcar no mundo da literatura, viveu do jornalismo. Formada pela UFRGS, trabalhou na capital paulista até que a sua carreira enveredou por outros rumos. Tornou-se um dos principais nomes da poesia contemporânea brasileira, que ganhou notoriedade por escrever com temática feminista. A partir de 2006, Angélica deixou São Paulo e experimentou temporadas e residências artísticas na Holanda, Bolívia e Argentina. Atualmente, vive em Berlim. É autora dos premiados Rilk Shake (CosacNaify e 7Letras, 2007); O útero é do tamanho de um punho (Cosac Naify e Cia. das Letras, 2012); Canções de atormentar (Cia. das Letras); além do recente Mostra monstra (Círculo de Poemas).

Sergio Vaz nasceu em 1964 em Ladainha, no interior de Minas Gerais, mudando-se para São Paulo na infância. Há mais de trinta anos, é poeta e agitador cultural, engajado na difusão da poesia da periferia da capital paulista. Em 2001, foi um dos fundadores do Sarau da Cooperifa e, em 2007, em parceria com coletivos locais, elaborou a Semana de Arte Moderna da Periferia, movimentos que ajudaram a deflagrar a literatura periférica. Também é autor, dentre outros, do projeto Poesia Contra Violência, que percorre escolas públicas promovendo recitais e bate-papos sobre poesia e leitura. Com um trabalho premiado no âmbito da literatura e da cidadania, Sergio Vaz é autor de nove livros, dentre os quais as coletâneas de poesia Colecionador de pedras (Global, 2007) e Flores da batalha (Global, 2023), o livro de contos e poemas Flores de alvenaria (Global, 2016) e Literatura, pão e poesia (Global, 2011), de crônicas.

Estela Lacerda é graduada em Letras, mestra em Estudos Literários (UEM) e pós-graduada em Comunicação Digital (PUC-PR). É poeta, autora do livro O rio seco que vive em mim (2021) e também publicou em antologias, como a Parem as máquinas (Off FLIP). Idealizadora do #LeiaMulheres em Maringá, foi mediadora do clube de leitura por 7 anos.