Sempre lembrado pelo Jabuti de “Nihonjin”, o premiado escritor maringaense e professor universitário Oscar Nakasato está com novo livro na praça.
Trata-se de “Ojiichan” (168 páginas, 13,5 x 20 cm, R$ 72,90), disponível a partir desta sexta-feira, 9 de agosto. É a primeira publicação do autor pela editora Fósforo.
Terceiro romance de Nakasato, “Ojiichan”, que em japonês significa “vovô”, retrata a vida de Satoshi a partir do seu aniversário de 70 anos.
“A aposentadoria compulsória do colégio onde ele lecionou por décadas é o primeiro dos eventos que o obrigam a confrontar as muitas faces da velhice. Seus colegas preparam uma festa de despedida e os alunos, que carinhosamente o apelidaram de Satossauro, prestam homenagem ao professor. Preocupados em celebrar o merecido descanso após uma vida de trabalho, ninguém ao redor parece enxergar a dor de Satoshi em deixar a rotina e dar início a uma nova fase”, diz a sinopse oficial.
Em casa, as coisas não estão muito melhores. A perda de memória de Kimiko, sua esposa, vai se agravando, e os cuidados com ela recaem sobre ele, sobretudo depois que uma tragédia acomete a filha do casal. Com o outro filho vivendo no Japão e o neto ausente, Satoshi experimenta, de modo estoico, os primeiros sinais da solidão, que só pioram quando ele é obrigado a se mudar para um apartamento menor e se despedir de Peri, seu cachorro.
No novo prédio onde passa a morar, a solidão de Satoshi dá as mãos à de d. Estela e Altair, seus vizinhos, cuja história de vida o protagonista descobre aos poucos.
“Em sua prosa a um só tempo austera e atenta aos detalhes, tão característica da cultura japonesa na qual Nakasato cresceu, ‘Ojiichan’ mostra que a terceira idade não é a linha de chegada, mas um caminho a ser trilhado, e transborda a beleza e a serenidade necessárias a um mundo ocidental de supervalorização da juventude e da velocidade”, diz a editora.
Autor
Nakasato nasceu em Maringá, Paraná, em 1963. Doutor em literatura brasileira, é professor na Universidade Tecnológica Federal do Paraná e autor da tese “Imagens da integração e da dualidade: personagens nipo-brasileiros na ficção” (Blucher, 2010).
Seu romance de estreia “Nihonjin” ganhou o prêmio Benvirá de Literatura (2011), o prêmio literário Nikkei — Bunkyo de São Paulo (2011) e o Jabuti na categoria romance (2012).