Com estreia neste sábado (4), espetáculo teatral mostra uma história de resistência feminina em um futuro distópico

"Janaína e a estrada para a silhueta de gazânias"

Elenco de "Janaína e a estrada para a silhueta de gazânias" Foto: Divulgação

O espetáculo teatral “Janaína e a estrada para a silhueta de gazânias” estreia no sábado, dia 4 de maio, e realiza mais sete apresentações gratuitas nos dias 5, 6, 7, 8, 11, 12 e 13 de maio, sempre às 20h, no Teatro Barracão. A classificação é 16 anos.

A trama se passa em um futuro distópico e conta a história de uma mulher que vê sua vida totalmente modificada quando uma facção derruba o governo e instaura uma ditadura com o objetivo de controlar a sociedade em nome de Deus. Para as mulheres, a vida se torna ainda mais difícil. Para se manter viva, Janaína (a protagonista, vivida por Kênia Bergo) percorre um longo caminho, por onde vai encontrando pessoas que entrelaçam sua fuga.

A produção e direção são de Thayse Mochi, que também está em cena ao lado de Kênia Bergo, Carol Rodrigues e Vinicius de Brito. A composição, direção musical e sonoplastia é de Caio Henrique Alves. Natiele Fontana, que atualmente reside em São Paulo e desenvolveu o trabalho à distância, com visitas quinzenais, assina a codireção, dramaturgia e produção.

“A dramaturgia surge a partir do incômodo de viver nesse mundo machista e misógino, de ter que lidar com o assédio diário, o pouco reconhecimento do nosso trabalho, enfim. Senti uma necessidade muito grande de falar sobre isso, de questionar isso de alguma maneira”, explica Fontana. Para ela, faltam referências de personagens femininas fortes, que não dependem de homens para serem salvas, para escolherem um caminho e obterem sucesso, como é o caso da personagem Janaína.

“Queremos atingir o público feminino, para que as mulheres possam se sentir representadas por personagens fortes e bem elaboradas. Buscamos apresentar um espetáculo em que as personagens femininas não manifestassem características de mulheres frágeis e submissas, mas de mulheres independentes”, comenta Mochi. Ela explica que tanto a dramaturgia quanto as escolhas estéticas da montagem trazem um diálogo entre o teatro épico, o surrealismo, o teatro pobre de Grotowski, uma pitada de teatro do absurdo e, por influência da dramaturga, traz influências da cultura popular brasileira, como a capoeira e o samba. Para conferir como tudo isso se entrelaçou em um espetáculo com uma hora de duração, basta ir no Teatro Barracão e retirar ingresso na bilheteria.

Oficinas

Para além dos espetáculos, no dia 5 de maio o projeto irá oferecer duas oficinas gratuitas no Teatro Barracão. “O corpo ressonante”, ministrada por Thayse Mochi das 10h às 12h, contará com atividade de dilatação corporal e de autoconhecimento, pensando o corpo como um campo autônomo, que vibra, é criativo e expressivo.

“Escrita criativa”, ministrada por Natiele Fontana das 13h30 às 15h30, tem o intuito de proporcionar o olhar para uma escrita que reflita sobre protagonismos e personagens femininas que sejam fortes, além de desenvolver as variadas possibilidades estéticas do texto. Cada oficina tem 15 vagas e para se inscrever não é necessário ter conhecimento prévio sobre teatro.

Serviço
Espetáculo teatral “Janaína e a estrada para a silhueta de gazânias”
Dias 4, 5, 6, 7, 8, 11*, 12 e 13 de maio, sempre às 20h, no Teatro Barracão.
Entrada gratuita. Classificação: 16 anos.
*Sessão com intérprete de Libras.

Oficinas
“O corpo ressonante” com Thayse Mochi
Dia 5 de maio, das 10h às 12h

“Escrita criativa” com Natiele Fontana
Dia 5 de maio das 13h30 às 15h30

Local: Teatro Barracão
Link de inscrição: https://forms.gle/Dn6TvFrWGhfBi92d9

Ficha Técnica:
Direção: Thayse Mochi
Codireção: Natiele Fontana
Dramaturgia: Natiele Fontana
Atuação: Carol Rodrigues, Kênia Bergo, Thayse Mochi e Vinícius de Brito
Produção: Thayse Mochi e Natiele Fontana
Assistente de produção: William Farias
Composição, direção musical e sonoplastia: Caio Henrique Alves
Composição das letras: Kênia Bergo
Maquiagem: Kênia Bergo
Cabelo: Maria Ivone e Fernando Ferreira Loli
Figurino: Vitória Campanari
Criação das máscaras e flores: Aluísio Stuani e Natiele Fontana
Intérprete de Libras: Francielle Lopes
Iluminação: Vanderlei Junior
Fotografia: Erick Costa Domingos
Vídeo: Felipe Halison / IDX Pro
Identidade Visual: Sidnei Puziol
Assessoria de imprensa: Rachel Coelho / 2 Coelhos Comunicação e Cultura

Produzido com verba de Incentivo à Cultura
Lei Municipal de Maringá n° 11200/2020
Prêmio Aniceto Matti

Com informações de assessoria

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